Monografia
Ana Maria Santos Rolemberg Côrtes : mulher, militante e mãe em contexto de repressão pela ditadura civil-militar
Registro en:
Santos, Mylla Cauanny Andrade. Ana Maria Santos Rolemberg Côrtes : mulher, militante e mãe em contexto de repressão pela ditadura civil-militar. São Cristóvão, 2022. Monografia (licenciatura em História) – Departamento de História, Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2022
Autor
Santos, Mylla Cauanny Andrade
Institución
Resumen
The present work aims to analyze the political trajectory of Ana Maria Santos Rolemberg Côrtes, in the context of repression by the Brazilian civil-military dictatorship. Seeking to understand her participation in the struggle for the redemocratization of the country as a militant woman from Sergipe, inserted in a context marked by gender inequality. The women who joined left-wing organizations were considered by the agents of repression as ‘deviant’ from the established patriarchal conduct, where the woman should remain reclusive to the private space. Therefore, female participation in opposition te the regime represented a double transgression, making these women exposed to the most diverse types of sexual and gender violence. Ana Côrtes, ended up getting pregnant during the period in which she was in hiding and her arrest took place while she was in that condition, being a very troubled period full of violations. Her trajectory is also marked by her important participation in the Women’s Movement for Amnesty in Sergipe and in other political articulations. O presente trabalho tem como objetivo analisar a trajetória política de Ana Maria Santos Rolemberg Côrtes, no contexto da repressão pela ditadura civil-militar brasileira. Buscando compreender a sua participação na luta pela redemocratização do país enquanto mulher militante sergipana, inserida em um contexto marcado pela desigualdade de gênero. As mulheres que ingressavam nas organizações de esquerda eram consideradas pelos agentes da repressão como ‘desviantes’ da conduta patriarcal estabelecida, onde a mulher deveria ficar reclusa ao espaço privado. Por isso, a participação feminina na oposição ao regime, representava uma dupla transgressão, fazendo com que essas mulheres ficassem expostas aos mais diversos tipos de violências sexuais e de gênero. Ana Côrtes, acabou engravidando durante o período em que estava na clandestinidade e a sua prisão se deu quando estava nessa condição, sendo um período bastante conturbado repleto de violações. A sua trajetória também é marcada pela importante participação no Movimento Feminino pela Anistia em Sergipe e em outras articulações políticas. São Cristóvão, SE