Dissertação
Imunorreatividade de c-Fos em áreas telencefálicas do lagarto Tropidurus hispidus (SPIX, 1825) submetido a um estímulo aversivo
C-Fos immunoreactivity in telencephalic areas of the lizard Tropidurus hispidus (SPIX, 1825) submitted to an aversive stimulus
Registro en:
SILVA, Rodolfo dos Santos da. Imunorreatividade de c-Fos em áreas telencefálicas do lagarto Tropidurus hispidus (SPIX, 1825) submetido a um estímulo aversivo. 2021. 93 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Fisiológicas) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2021.
Autor
Silva, Rodolfo dos Santos da
Institución
Resumen
Introduction: Fear is characterized as the physiology and behavioral response face to
a stimulus that act as a danger to the individual. In animals, one of the fear-like behavior
most observed is freezing. In order to know which brain areas may be modulating this
and other behaviors, evaluating the immunoreactivity for c-Fos protein is a model already
consolidated in the literature. In the reptile’s group, there is a paucity of studies that
address the neurobiology of fear, However, research in this area is needed for the
compression of the neurocircuitry involved in the modulation of this behavior. Therefore,
present study aimed to evaluate the immunoreactivity for c-Fos in the telencephalic
areas of these animals after being exposed to the aforementioned aversive stimulus and
how these areas might be related to fear-like behavior. Methodology: All protocols were
duly approved by the Animal Research Ethics Committee under number 26/2016.
Eighteen animals were divided into 3 groups: Control Group (CTR) - animals that did not
pass the behavioral test, Neutral Stimulus Group (EN) - animals that were exposed to an
empty cage, and Aversive Stimulus Group (EA) - animals that were exposed to a cage
containing a domestic cat inside. Após 5 dias de ambientação ao laboratório, os
animais, foram expostos a um campo aberto por 10 minutos (Fase de
habituação) e logo em seguida por 10 minutos a seu respectivo estímulo (Fase
de exposição). Parâmetros comportamentais (distância percorrida, tempo de
imobilidade, latência para o primeiro deslocamento, latência para o primeiro
movimento e número de quadrantes visitados) foram coletados e 90 min após
um dos respectivos estímulos, os animais foram perfundidos e os cérebro
removidos para processamento da imunorreatividade para c-Fos. Results:
Behavioral data showed that the EA group, when compared to the EN group in the
exposure, had: shorter distance walked, longer freezing time and longer latency to initiate
a movement, a difference that was not observed in the latency to initiate a movement.
As for cell count data for c-Fos protein labeling, the EA group showed an increase in the
number of c-Fos positive cells when compared to EN or CTR in the following areas:
Medial Cortex, Dorsomedial Cortex, Lateral Cortex, Amygdala, Striate, Septum, and
Posterior Dorsal Ventricular Region. Furthermore, it was possible to observe a negative
correlation between the number of activated cells in the Amygdala and Septum, with the
distance covered. Conclusion: The behavioral and cell count results suggest that there
is an interaction between the aforementioned areas and the fear behaviors of the lizard
Tropidurus hispidus, when exposed to an aversive stimulus. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Introdução: O medo é caracterizado como a reposta fisiológica e
comportamental frente a um estímulo que apresente perigo ao indivíduo. Nos
animais, um dos comportamentos tipo medo mais observado é o de
congelamento. A fim de saber quais áreas cerebrais podem estar modulando
esse e outros comportamentos, a avaliação da imunorreatividade para a proteína
c-Fos é um modelo já consolidado na literatura. No grupo dos répteis, há uma
escassez de estudos que abordam a neurobiologia do medo. Contudo,
pesquisas nessa área são necessárias para a compressão da neurocircuitaria
envolvida na modulação desse comportamento. Logo, o presente estudo teve
por objetivo avaliar a imunorreatividade para c-Fos nas áreas telencefálicas
desses animais após serem expostos ao estímulo aversivo citado, e como essas
áreas podem estar relacionadas ao comportamento tipo medo. Metodologia:
Todos os protocolos foram devidamente aprovados pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com Animais sob o número 26/2016. Foram utilizados 18 animais
divididos em 3 grupos: Grupo Controle (CTR) – animais que não passaram pelo
teste comportamental, Grupo Estímulo Neutro (EN) – animais que foram
expostos a uma gaiola vazia, e Grupo Estímulo Aversivo (EA) – animais que
foram expostos a uma gaiola contendo um gato doméstico dentro. Após 5 dias
de ambientação ao laboratório, os animais, foram expostos a um campo aberto
por 10 minutos (Fase de habituação) e logo em seguida por 10 minutos a seu
respectivo estímulo (Fase de exposição). Parâmetros comportamentais
(distância percorrida, tempo de imobilidade, latência para o primeiro
deslocamento, latência para o primeiro movimento e número de quadrantes
visitados) foram coletados e 90 min após um dos respectivos estímulos, os
animais foram perfundidos e os cérebro removidos para processamento da
imunorreatividade para c-Fos. Resultados: Os dados comportamentais
mostraram que o grupo EA ao ser comparado com o grupo EN na exposição
teve: menor distância percorrida, maior tempo de congelamento e maior latência
para iniciar um deslocamento, diferença essa não observada na latência para
iniciar um movimento. Quanto aos dados de contagem de células para a
marcação da proteína c-Fos, o grupo EA mostrou um aumento do número de
células c-Fos positivas quando comparado ao EN ou ao CTR nas áreas: Córtex
Medial, Córtex Dorsomedial, Córtex Lateral, Amígdala, Estriado, Septo, e Região
Ventricular Dorsal Posterior. Além disso foi possível observar uma correlação
negativa entre o número de células ativadas na Amígdala e Septo, com a
distância percorrida. Conclusão: Os resultados comportamentais e de
contagem de células sugerem que há interação entre as áreas citadas e os
comportamentos de medo do lagarto Tropidurus hispidus, quando exposto a um
estímulo aversivo. São Cristóvão