Artigo
Algumas considerações em torno das pretensões da razão prática em Kant: a espontaneidade como chave para a “dedução” do princípio supremo da moralidade
The spontaneity of reason as a key to the deduction of the supreme principle of morality: some notes on the pretensions of practical reason in Kant's philosophy
Registro en:
CUNHA, J. G. M. Algumas considerações em torno das pretensões da razão prática em Kant: a espontaneidade como chave para a “dedução” do princípio supremo da moralidade. Studia Kantiana, [S. I.], v. 18, n. 1, p. 89-112, abr. 2020.
Autor
Cunha, João Geraldo Martins da
Institución
Resumen
In this paper, I propose an interpretation for the controversial third section of
Groundwork of the Metaphysics of Morals, arguing that the spontaneity of reason plays a
central role for the proof of freedom as the foundation of moral law. Without wishing to deal
exhaustively with this entire section (and the different problems involved in it), I will resort
to a very precise selection of texts and limit my analysis to their initial topics. At first, (I) I
outline some of the more general problems involved in this third section; (II) I present my
arguments in defense of the centrality of the spontaneity of reason to the conclusive force of
the proof intended by Kant; (III) I explore one of the possible consequences of this
interpretation with respect to the limitation (and articulation) between theoretical use and
practical use of the reason. Neste trabalho, proponho uma interpretação para a polêmica terceira seção da
Fundamentação à metafísica dos costumes de Kant, defendendo que a espontaneidade da
razão cumpre um papel central para a prova da liberdade como fundamento da lei moral. Sem
pretender tratar exaustivamente de toda esta seção (e dos diversos problemas envolvidos
nela), farei um recorte bem preciso de textos e limitarei minhas análises apenas aos seus
tópicos iniciais. Em primeiro lugar, (I) exponho alguns problemas mais gerais envolvidos
nesta terceira seção; em seguida, (II) apresento meus argumentos em defesa da centralidade
da espontaneidade da razão para a força conclusiva da prova pretendida por Kant; por fim,
(III) exploro uma das possíveis consequências desta interpretação no que diz respeito à
limitação (e articulação) entre uso teórico e uso prático da razão.