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Eine dissonante Frauenstimme im Maranhão des 19. Jahrhunderts: Der Anti-Sklaverei-Diskurs von Maria Firmina dos Reis
A dissonant female voice in 19th century Maranhão: The anti-slavery discourse of Maria Firmina dos Reis;
Una voz femenina disonante en el Maranhão del siglo XIX: El discurso antiesclavista de Maria Firmina dos Reis;
Uma voz feminina dissonante no Maranhão do século XIX : O discurso antiescravagista de Maria Firmina dos Reis
Registro en:
10.5902/1679849X68891
Autor
Fernandes dos Santos, Marcos Antônio
Institución
Resumen
Maria Firmina dos Reis, eine Schriftstellerin aus Maranhão im 19. Jahrhundert, war eine Frau, die ihrer Zeit weit voraus war und viele Paradigmen brach, hauptsächlich weil sie eine Frau war und sich dem Schreiben widmete. Auf dem Höhepunkt der Sklaverei in Brasilien schrieb und hinterfragte sie das Sklavensystem. Dieser Artikel zielt darauf ab, Spuren von Dissonanzen durch den Diskurs der Schriftstellerin in den Werken Ursula und A escrava zu untersuchen. Die verwendete Methodik basiert auf Literatur, die als kritische Analyse bezeichnet wird. Für den theoretischen Aufbau wurden unter anderem Autoren wie Antônio Candido, Mikhail Bakhtin, Maria Lúcia Mott herangezogen. Eine schwarze Schriftstellerin, die Mitte des 19. Jahrhunderts unter dem Vorurteil der Abolitionisten über Sklaverei sprach, ist die Erneuerung der Hoffnung in besseren Tagen und die notwendige Aktualisierung der damals geltenden literarischen Formen. Es ist auch der Vorbote der Eroberung eines Raums, den viele Menschentypen nicht hatten und im Laufe der Zeit eroberten. Maria Firmina dos Reis, a writer from Maranhão in the 19th century, was a woman ahead of her time and who broke many paradigms, mainly because she was a woman and dedicated herself to writing. At the height of slavery in Brazil, she wrote and questioned the slave system. This article aims to investigate traces of dissonance through the writer's discourse, in the works Úrsula and A escrava. The methodology used is based on literature, characterized as critical analysis. For the theoretical construction, authors such as Antônio Candido, Mikhail Bakhtin, Maria Lúcia Mott, among others, were used. A black writer talking about slavery, under the abolitionist bias in the middle of the 19th century, is the renewal of hope in better days and the necessary update to the literary molds in force at the time. It is also the harbinger of the conquest of space that many human types did not have and conquered over time. Maria Firmina dos Reis, escritora de Maranhão en el siglo XIX, fue una mujer adelantada a su tiempo y que rompió muchos paradigmas, principalmente porque era mujer y se dedicaba a escribir. En el apogeo de la esclavitud en Brasil, escribió y cuestionó el sistema esclavista. Este artículo tiene como objetivo indagar huellas de disonancia a través del discurso del escritor, en las obras Úrsula y A escrava. La metodología utilizada se basa en la literatura, caracterizada como análisis crítico. Para la construcción teórica se utilizaron autores como Antônio Candido, Mikhail Bakhtin, Maria Lúcia Mott, entre otros. Una escritora negra hablando de la esclavitud, bajo el sesgo abolicionista de mediados del siglo XIX, es la renovación de la esperanza en tiempos mejores y la necesaria actualización a los moldes literarios vigentes en la época. También es el presagio de la conquista del espacio que muchos tipos humanos no tuvieron y conquistaron con el tiempo. Maria Firmina dos Reis, escritora maranhense do século XIX, foi uma mulher à frente de seu tempo e que rompeu muitos paradigmas, principalmente por ser mulher e se empenhar no exercício da escrita. No auge da escravidão no Brasil, escreveu e questionou sobre o sistema escravagista. Este artigo tem como objetivo investigar traços da dissonância através do discurso da escritora, nas obras Úrsula e A escrava. A metodologia utilizada é de base bibliográfica, caracterizada como análise-crítica. Para a construção teórica, utilizou-se autores como Antônio Candido, Mikhail Bakhtin, Maria Lúcia Mott, entre outros. Uma escritora negra falando sobre a escravidão, sob o viés abolicionista em pleno o século XIX, é a renovação da esperança em dias melhores e a atualização necessária aos moldes literários vigentes na época. É também o prenúncio da conquista de espaço que muitos tipos humanos não tinham e conquistaram com o passar dos tempos.