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Legendagem e dublagem: diferenças na tradução do humor
Registro en:
Traduzires, v. 2, n. 2, p. 101-118, 2014.
2238-7749
ISSN2238-7749-2014-02-02-101-118.pdf
5594186517927050
Autor
Martins, Raira Verenich
Amorim, Lauro Maia
Resumen
This work aims on an approach concerning on Translation Theories, as well as the translational difficulties, the linguistic barriers with which the translator must know how to deal, the role of the translator as a conscious subject of his work while creating new texts and producing meanings. We will develop a discussion focused on the audiovisual translation practice which means the translation for subtitles and dubbings. It will be shown the translation process on both modalities and also the issue about the translation of humor in each of them, as the translator must use his translational skill, cultural and linguistic knowledge and creativity, not only to circumvent the rules imposed by the audiovisual translation market, but also to be able to create a new language for each character presented in the original material, so that the translation in Portuguese language may contain proper traces of humor from the Brazilian culture. Our main goal is an attempt to explain the reason for so many questions from the public who does not know the rules in the market for subtitling and dubbing translation and sometimes criticize the work of the translator if they realize any ‘loss of information’ or ‘a translation very poorly done’. Theories and arguments which prove that no translation is done badly, but it goes through recreations and modifications whenever it is necessary will be presented. By the explanation of this translation process, citation of translators who work in this area telling about their experiences and selected examples of translations from the ‘Everybody hates Chris’ sitcom, we hope to reflect and clarify such doubts. Neste trabalho, abordaremos os conceitos teóricos da tradução, assim como as dificuldades tradutórias, as barreiras linguísticas com as quais o tradutor deve saber como lidar, o papel do tradutor enquanto sujeito consciente de seu trabalho, criador de novos textos e produtor de significados. Realizaremos uma reflexão voltada para a prática tradutória para fins audiovisuais, ou seja, a tradução para a legendagem e dublagem. Procuraremos mostrar os processos tradutórios de ambas as modalidades e também a questão da tradução do humor em cada uma delas, uma vez que o tradutor deve usar sua habilidade tradutória, conhecimentos cultural e linguístico e muita criatividade, não só para driblar as regras impostas pelo mercado de tradução audiovisual, como principalmente, para ser capaz de criar uma nova linguagem para cada personagem apresentada no material original, de maneira que a tradução em língua portuguesa possa conter traços de humor característicos da cultura brasileira. Nosso principal objetivo é uma tentativa de explicar os porquês de tantos questionamentos do público que não conhece as regras existentes no mercado de tradução para legendagem e dublagem e por vezes criticam o trabalho do tradutor no caso de eles perceberem alguma “perda de informação” ou ainda “uma tradução muito mal feita”. Apresentaremos teorias e argumentos que comprovam que nenhuma tradução é mal feita, mas sim passa por recriações e modificações sempre que necessário. Por meio das explicações desse processo tradutório, de citações de tradutores que trabalham nessa área contando suas experiências e exemplos de traduções extraídos do seriado Everybody hates Chris (Todo mundo odeia o Chris), esperamos refletir e esclarecer tais dúvidas.