Efeito da L-aminoácido oxidase de veneno da serpente Calloselasma rhodostoma sobre a funcionalidade de neutrófilos humanos
Registro en:
PONTES, Adriana Silva. Efeito da L-aminoácido oxidase isolada do veneno da serpente Calloselasma rhodostoma sobre a funcionalidade de neutrófilos humanos. 2012. 62 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós Graduação em Biologia Experimental, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2012.
Autor
Pontes, Adriana Silva
Zuliani, Juliana Pavan
Institución
Resumen
Dissertação apresentada ao programa de
Pós-graduação em Biologia Experimental
da Universidade Federal de Rondônia,
como requisito para obtenção do título de
Mestre.
Orientadora: Dra Juliana Pavan Zuliani Os venenos de serpentes são ricos em enzimas como hialuronidase, fosfolipases
A2, enzimas protelíticas e fosfodiesterases (IZIDORO, 2007). Dentre as enzimas
está a L-amino ácido oxidase (LAAO). Esta enzima é versátil e está amplamente
distribuída em várias espécies de seres vivos, como nas peçonhas de serpentes,
insetos, fungos (DU e CLEMETSON, 2002), (IZIDORO et al 2007) e em plantas
(NISHIZAWA et al 2005). A LAAO desperta um grande interesse na área científica
por apresentar efeitos de degradação sobre diversos patógenos, além de fungos e
vírus e sobre várias linhagens celulares. Parte desses efeitos é creditado ao
peróxido de hidrogênio, gerado na reação oxidativa dessa enzima. No presente
estudo, foram investigados os efeitos da LAAO, uma enzima isolada do veneno da
serpente Calloselasma rhodostoma, sobre a funcionalidade de neutrófilos humanos
isolados. A LAAO não apresentou toxicidade sobre os neutrófilos. Em situação não
tóxica ela estimula a produção do ânion superóxido. Esta toxina, na sua forma ativa,
também é capaz de estimular a produção de peróxido de hidrogênio em neutrófilos,
sugerindo que sua estrutura primária é essencial para que haja a estimulação da
célula. Por outro lado, a incubação da LAAO com meio de vermelho de fenol não
induziu a produção de peróxido de hidrogênio. Além disso, a LAAO foi capaz de
estimular os neutrófilos a liberar citocinas proinflamatórias como a IL-8 e o TNF-α.
Em conjunto, os dados permitem concluir que a LAAO desencadeia eventos
proinflamatórios relevantes. Regiões particulares da molécula da LAAO além do sítio
catalítico devem estar envolvidas no desencadeamento dos eventos inflamatórios.