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Ecologia trófica de Ancistrus dubius Eigenmann & Eigenmann (1889) e Ancistrus sp em igarapés da bacia do Rio Machado, Rondônia, Brasil /
Registro en:
BRESSAN, Vanessa da S. Ecologia trófica de Ancistrus dubius Eigenmann & Eigenmann (1889) e Ancistrus sp em igarapés da bacia do Rio Machado, Rondônia, Brasil. 2015. 42 f. Monografia (Bacharelado em Engenharia de Pesca) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Presidente Médici, 2015.
Autor
Bressan, Vanessa da Silva
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia de Pesca da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, como requisito para a obtenção do título de Engenheiro de Pesca.
Orientador: Prof. Dr. Igor David da Costa Igarapés compõem um dos principais ambientes aquáticos da região Amazônica. Um dos principais produtores primários nesses sistemas lóticos é o perifíton, cuja composição pode variar com o nível de irradiação, tipo de substrato e localização no riacho. Algas e detritos são componentes comuns na alimentação da ictiofauna tropical, incluindo várias espécies de Loricarídeos, havendo evidências de táticas alimentares diferenciadas e especializadas entre espécies deste grupo, que permite uma seleção precisa dos alimentos ingeridos pelos mesmos. Neste estudo, testou-se a hipótese de diferenças quali-quantitativa entre a dieta de Ancistrus dubius e Ancistrus sp. em igarapés de terra firme. Foram realizadas coletas bimestrais (novembro/2011 a setembro/2012) em três igarapés (Igarapé Minuano, Cris e Nove) localizados na bacia do rio Machado, Rondônia. As amostragens foram realizadas em um trecho de 40 m, em cada igarapé, com auxílio de uma de arrasto de mão (picaré) e puçá ao longo de todo trecho durante uma hora. Os exemplares coletados foram medidos e dissecados em laboratório. O conteúdo do estômago e 1/3 do intestino foram fixados em formol a 5 %, depois em álcool 70 % e posteriormente analisados. Os resultados para o percentual de frequência de ocorrência (FO %) e amplitude de nicho para ambas espécies foram relativamente semelhantes, diferenciando poucos itens alimentares entre as mesmas, a sobreposição de nicho entre as duas espécies tende a 1 (0,96), mostrando que há uma sobreposição entre as espécies de cascudos estudadas de cada item alimentar. A amplitude de comprimento padrão variou de 25 cm a 65 cm para Ancistrus dubius e 35 cm a 65 cm para Ancistrus sp. Os principais itens alimentares encontrados foram detritos e algas diatomáceas da família Bacillaciriophyceae, para ambas espécies. Contrário a hipótese, as duas espécies avaliadas utilizaram recursos alimentares semelhantes, com poucas diferenças em relação à escolha de microambientes para alimentação, sendo tal resultado explicado pelo fato de que ambas espécies possuem hábito alimentar bentônico, apresentam classificação taxonômica próximas e exploram o mesmo tipo de substrato.