O presente artigo teve como objetivo compreender como a literatura infantil pode contribuir com o combate ao racismo desde a Educação Infantil. Para o desenvolvimento desta pesquisa, em relação à metodologia, utilizou-se um estudo de caso do tipo exploratório com abordagem qualitativa. Como instrumento para a coleta de dados, foi elaborado um questionário, disponibilizado no Google Drive, com 15 perguntas abertas, aplicado a 15 professores que atuam na educação infantil do município de São Ludgero, Santa Catarina. Os dados foram analisados à luz do referencial teórico. Para isso, os principais autores foram: Cavalleiro (2001; 2020); Moreira (2019); Ostetto (2000); BNCC (2017); Ribeiro (2019), Lei 10.639/03 (BRASIL, 2003), Proposta Curricular do Município de São Ludgero entre outras obras. A partir da análise dos dados, notou-se a falta de informação dos professores sobre o tema desta pesquisa. Em contrapartida, os professores respondentes demonstraram interesse em adquirir conhecimento acerca da Cultura afro-brasileira. Percebeu-se, também, que literatura infantil pouco utilizada, ou melhor, não utilizada em sala de aula, coloca a criança branca em uma posição mais privilegiada que a criança negra. Em virtude de que, além de não ter obras cujos personagens sejam negros, no Centro de Educação Infantil, também não há conhecimento por parte dos professores sobre esse assunto, o que se perde em práticas em sala de aula que seriam importantes para a valorização do negro. Como o município em que se desenvolveu este estudo de caso é de origem alemã, ainda prevalece a cultura eurocêntrica e sabe-se que tanto a instituição família como a escolar são primordiais para a formação da personalidade do indivíduo, por isso a significância dessa temática no planejamento dos professores. Insta, dessa forma, que se inicie o trabalho acerca da cultura afro-brasileira e africana desde a educação infantil, por meio das histórias infantis, ao logo do ano e não apenas em datas comemorativas, apresentando a história do povo negro de forma que as crianças negras se sintam valorizadas por seus representantes e, assim, abrir uma porta para uma sociedade antirracista