No presente trabalho será abordado a atual discussão sobre os créditos de empresas em recuperação judicial garantidos por aval: se existe possibilidade de serem submetidos ao plano de recuperação judicial previsto na Lei n° 11.101/2005, ou se a execução do crédito pretendido possa seguir sem os efeitos da recuperação judicial frente ao avalista e coobrigados que, pela legislação especial deveriam responder pessoalmente pela dívida garantida por aval, mesmo que a dívida principal esteja com o pagamento contemplado pelo plano de recuperação judicial. Será demonstrado o atual entendimento doutrinário e apresentados julgados dos tribunais brasileiros quanto ao tema, bem como a posição do Superior Tribunal de Justiça, e suas possíveis consequências caso seja adotada qualquer umas das posições apresentadas, tudo fundamentado nos princípios da Lei de Recuperação de Empresas e Falência.