Artigo
Análise da incidência de sífilis congênita relacionada ao nível de escolaridade das gestantes no Brasil entre 2011 e 2021
Registro en:
Autor
Brito, Letícia de Carvalho
Taveira, Carolina Outeiral
Silva, Mylena Valadares
Dutra, Amanda Guedes Assis
Vabo, Augusto de Oliveira Magalhães do
Bezerra, Lorenna Alves
Santana, Raquel Skaf Nacfur
Neves, Tayana Augusta de Carvalho
Institución
Resumen
O estudo teve como objetivo analisar a incidência de sífilis congênita no Brasil, entre 2011 e
2021, relacionando com o número de consultas de pré-natal realizadas pelas gestantes e o nível
de escolaridade destas. Trata-se de um estudo observacional e descritivo, de base populacional
e sem coleta de material biológico, com dados obtidos pelo Boletim Epidemiológico do
Ministério da Saúde. Foram observados 201.572 casos de sífilis congênita em território
nacional, com aumento anual, porém a partir de 2019 houve redução da quantidade de
diagnósticos. Além disso, 160.780 gestantes com filhos que apresentaram sífilis congênita
realizaram pré-natal com o número de consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde. Em
relação ao número de gestantes que tinham o diagnóstico de sífilis na gestação, 23,5%
apresentavam ensino médio incompleto e apenas 0,9% com ensino superior completo, podendose, portanto, observar elevada prevalência em população com baixa escolaridade. Dessa forma, é possível avaliar a importância de agir sobre alguns fatores de risco para transmissão vertical da sífilis relacionados à escolaridade, como campanhas de conscientização.