Esse artigo apresenta a organização da educação escolar indígena intercultural do Povo Laklãnõ/Xokleng como possibilidade de resistência e rompimento de colonialidades. Desde a chegada de europeus à região Sul do Brasil, esse Povo busca formas de resistir e preservar a história e cultura diante das imposições da sociedade não indígena. O objetivo do estudo é identificar práticas educacionais que rompam com as colonialidades produzidas. A metodologia teve por base a pesquisa participante e como sujeitos os professores indígenas. Os resultados apontam que a comunidade identifica a escola como instrumento de fortalecimento da cultura e forma de apropriação de conhecimentos da sociedade não indígena importantes na luta por direitos ainda violados. A partir disso, concluímos que as estratégias resistência do Povo envolvem práticas dialógicas da educação intercultural.This article presents the organization of the intercultural indigenous school education of the Laklãnõ/Xokleng People as a possibility of resistance and breaking of colonialities. Since the arrival of Europeans in the southern region of Brazil, these people seek to resist and preserve their history and culture in view of the impositions of non-indigenous society. This study intents to identify educational practices that break with the colonialities produced. The methodology was based on participative research with indigenous teachers. The results show that the community identifies the school as an instrument for strengthening culture and as a means of appropriating knowledge from non-indigenous society that is important in the fight to guarantee rights that are still violated. In the final analysis, we conclude that the resistance strategies of the People involve dialogic practices of intercultural education.