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O Mensageiro da Paz e Luz nas Trevas: as inovações da Industria Cultural nas Igrejas Assembleias de Deus e a tradição na Igreja Batista Sueca no Brasil
Autor
Aparecida Oliveira dos Santos Correa, Marina
Pereira Valério, Samuel
Institución
Resumen
O presente dossiê tem como objetivo elucidar alguns aspectos das inovações da industrial cultural nas Igrejas Assembleias de Deus no Brasil (ADs) fundada em 1911, em Belém – PA por dois missionários suecos. As ADs desde o ano de 1918 já possuía o jornal oficial, Boa Semente; no ano de 1929, as ADs lançaram o segundo jornal O Som Alegre de circulação interna; no ano de 1930, o jornal O Som Alegre deu lugar ao jornal, Mensageiro da Paz, de circulação nacional; as ADs seguiram o exemplo do movimento mundial do pentecostalismo, por onde esse movimento passava, lançava impressos periódicos dando notícias e testemunhos como prova da origem divina desse movimento. Outro exemplo ocorreu com a Igreja Batista Sueca (IBS), fundada no ano de 1912 no Brasil, por outros missionários suecos, na cidade de Guarani – RS. Em 1919, surge dentro desta igreja, uma iniciativa importante, estabelecer um periódico como forma de trazer ao conhecimento as notícias das igrejas já fundadas no Brasil e relatos das igrejas em território sueco, o Jornal Luz nas Trevas em 1927. Com o passar dos anos, devido as transformações no campo religioso brasileiro, com novos surgimentos de novas vertentes pentecostais, com práticas mais inovadoras, se fez necessário às igrejas mais tradicionais, utilizarem-se da mídia e dos meios de comunicação de massa, sobretudo, a televisão, como ferramenta atrativa de comunicação com seus fiéis, e, ao mesmo tempo, abrir concorrência em outros segmentos. Porém, nem todos os grupos do movimento pentecostal seguiram a lógica da indústria cultural, como é o caso da IBS. O presente escrito tem como objetivo averiguar, os bens simbólicos ofertados segundo a lógica da indústria midiática, sobretudo, a partir do trabalho religioso pelas as ADs. Assim pensar, que as ADs aderiram à lógica da indústria midiática como forma de manutenção de seus empreendimentos religiosos no disputado mercado de bens simbólicos de salvação, enquanto a IBS continuou mais retraída, sem visibilidade midiática.