O presente trabalho encarrega-se de vislumbrar a representação das mulheres, principalmente as personagens que exercem trabalho sexual, na obra de Elvira Vigna, Como se estivéssemos em palimpsesto de putas (2016). A narrativa expõe a perspectiva machista que persegue as mulheres em geral e apresenta uma série de estigmas para então derrubá-los com os questionamentos de uma aguçada narradora. Homi Bhabha estabelece que o estereótipo é uma cadeia contínua de outros estereótipos, tal conceito norteará a análise, posto que trataremos dos aspectos que compõem a representação das personagens. Ainda sobre as ferramentas de opressão abordaremos as palavras Pierre Bourdieu sobre violência simbólica, assim como elucidaremos acerca de identidade e representação com o amparo de Regina Dalcastagné e Stuart Hall. Debruçando-nos sobre o texto ficcional apontaremos a visão falocêntrica que surge para ser problematizada ou até mesmo ridicularizada, expondo assim o exibicionismo machista. PALAVRAS-CHAVE: Mulher. Estereótipo. Subjetividade.The present work is in charge of envisioning the representation of women, especially the characters who perform sex work, in the work of Elvira Vigna, As if we were in a bitch's palimpsest (2016). The narrative exposes the sexist perspective that persecutes women in general and presents a series of stigmas to then bring them down with the questions of a keen narrator. Homi Bhabha establishes that the stereotype is a continuous chain of other stereotypes, this concept will guide the analysis, since we will deal with the aspects that make up the representation of the characters. Still on the tools of oppression, we will address the words Pierre Bourdieu on symbolic violence, as well as elucidating about identity and representation with the support of Regina Dalcastagné and Stuart Hall. Leaning over the fictional text, we will point out the phallocentric view that appears to be problematized or even ridiculed, thus exposing the macho exhibitionism. KEYWORDS: Woman. Stereotype. Subjectivity.