This research aims to analyze the plastic characteristics and meanings that we can read in the images of black women in the woodcuts of the Sergipe artist Jacira Moura. We present a study based on a sample of three woodcuts from the artist's collection. We approach a concise study of the images of black women in the visual arts, the state of the art on the imagery of the black woman and the images of black women in Brazilian woodcuts and their plastic characteristics. We seek in the woodcut’s signs of “black popular culture” that identify sensitive experiences of black women. We understand that the works studied here reflect the customs of each period, where the black woman was relegated to the background, fulfilling stereotyped roles of enslaved and domestic worker or having her body sexualized. The turning point was around the 1980s, when some black women began to have more space in the artistic world to do a self-representation, describing themselves from their own point of view. The methodology for analyzing the images is based on the semiotics proposed by Algirdas Greimas (1984), the theory of meaning and on the approach of visual semiotics, Pietroforte (2020). The study on the poetics and the theme of Jacira Moura's woodcuts is also carried out in order to analyze the woodcuts entitled Majestade, Esperança and O rest. In the Majestade woodcut, based on the analysis of the semiotic square and the eidetic, topological, and chromatic plastic categories, we identify meaning and semi-symbolic relationships between a black queen woman versus a popular black woman. In Esperança we identify meaning and semi-symbolic relationships between slavery versus freedom. In the woodcut Rest we perceive semi-sibolic relationships between rest versus work. We consider that the three woodcuts analyzed emphasize ethnicity, culture and work in the images of black women and that the artist Jacira Moura approaches the image of these women in her woodcuts with dignity, seeking to emphasize our ancestral culture.Esta pesquisa objetiva analisar as características plásticas e os significados que podemos ler nas imagens de mulheres negras das xilogravuras da artista sergipana Jacira Moura. Apresentamos um estudo a partir de uma amostra de três xilogravuras do acervo da artista. Abordamos um conciso estudo das imagens de mulheres negras nas artes visuais, o estado da arte sobre a imagética da mulher negra e as imagens de mulheres negras em xilogravuras brasileiras e suas características plásticas. Buscamos nas xilogravuras signos da “cultura popular negra” que identifiquem experiências sensíveis das mulheres negras. Entendemos que as obras aqui estudadas refletem os costumes de cada período, onde a mulher negra ficou relegada ao pano de fundo, cumprindo funções estereotipadas de escravizada e trabalhadora doméstica ou tendo o seu corpo sexualizado. O ponto de virada foi por volta da década de 1980, quando algumas mulheres negras começaram a ter mais espaço no meio artístico para fazerem uma autorrepresentação, descrevendo a si mesmas pelo seu próprio ponto de vista. A metodologia de análise das imagens se fundamenta na semiótica proposta por Algirdas Greimas (1984), teoria da significação e na abordagem da semiótica visual, Pietroforte (2020). O estudo sobre a poética e a temática das xilogravuras de Jacira Moura também é realizado para assim analisarmos as xilogravuras intituladas Majestade, Esperança e O descanso. Na xilogravura Majestade a partir da análise do quadrado semiótico e das categorias plásticas eidética, topológica e cromática identificamos sentido e relações semissimbólicas entre mulher negra rainha versus mulher negra popular. Em Esperança identificamos sentido e relações semissimbólicas entre escravidão versus liberdade. Na xilogravura O descanso percebemos relações semissibólicas entre descanso versus trabalho. Consideramos que as três xilogravuras analisadas, enfatizam a etnia, a cultura e o trabalho nas imagens de mulheres negras e que a artista Jacira Moura aborda a imagem dessas mulheres nas suas xilogravuras com dignidade, procurando ressaltar nossa cultura ancestral.São Cristóvão