The research selected the two occupational social movements with the highest number of occupations in Greater Aracaju, the Organized Movement of Urban Workers - MOTU, and the Movement of Homeless Workers - MTST. The research main purpose was to analyze the relationship between the rituals and symbols of the Homeless, and their strategies in the struggle for housing. The central question that guided the research was to know "how do the Homeless relate their rites and symbols with their strategies in the struggle for housing?" The hypothesis adopted is an insight that there is a relationship among the rites and symbols (on the one hand) and the fighting strategies (on the other hand) of the Homeless movements, and the ritualization of the struggle for housing would contribute to the strengthening of the social link between the homeless, generating cohesion to the group. Methodologically, the research was based mainly on two complementary actions: a) the participant observation, ethnographic; b) semi-structured interviews, with social actors active in the studied movements. The results obtained showed that the ritualization of the struggle for housing occurs through the use of symbolic resources (flags, shirts, exaltation of food and work tools) and rituals (chants, cries, celebrations), especially in the “ritual moments” they call mystics. In a conclusive way, I observed that the Homeless Movements analyzed, MOTU and MTST, promoting their occupations, use rites and symbols, in the construction of social cohesion among the occupants, in favor of the struggle for housing. This cohesion, this bond between the “homeless”, built amidst the mystics that occurred in their occupations, under the banners of the movements and in their central barracks, between people, songs and celebrations, is fundamental to the confrontation necessary for the popular housing conquest. Through the rites, symbols and mystics, the “Homeless Movements” establish their social ties.A pesquisa selecionou os dois movimentos sociais de ocupação com maior número de ocupações na Grande Aracaju, o Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos – MOTU, e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST. O objetivo principal da pesquisa foi analisar a relação entre os rituais e símbolos dos Sem-Teto, e suas estratégias de luta por moradia. A questão central que norteou a pesquisa foi saber “como os Sem-Teto relacionam seus ritos e símbolos com suas estratégias de luta por moradia?” A hipótese adotada foi um insight de que existe uma relação entre os ritos e símbolos (por um lado) e as estratégias de luta (por outro lado) dos movimentos Sem-Teto, sendo que a ritualização da luta por moradia contribuiria para o fortalecimento do vínculo social entre os Sem-Teto, gerando coesão ao grupo. Metodologicamente, a pesquisa se baseou principalmente em duas ações complementares: a) a observação-participante, etnográfica; b) a realização de entrevistas semiestruturadas, com atores sociais atuantes nos movimentos estudados. Os resultados obtidos apontaram que a ritualização da luta pela moradia ocorre pelo uso dos recursos simbólicos (bandeiras, camisas, exaltação de alimentos e ferramentas de trabalho) e rituais (cânticos, brados, celebrações), em especial nos “momentos rituais” por eles nominados místicas. De forma conclusiva, observei que os movimentos Sem-Teto aqui analisados, MOTU e MTST, ao promoverem suas ocupações, se utilizam de ritos e símbolos, na construção da coesão social entre os ocupantes, em prol da luta pela moradia. Essa coesão, esse vínculo entre os “SemTeto”, construído em meio às místicas ocorridas em suas ocupações, sob as bandeiras dos movimentos e em seus barracões centrais, entre pessoas, cânticos e celebrações, é fundamental ao enfrentamento necessário para a conquista da moradia popular. Por meio dos ritos, símbolos e místicas, os “Sem-Teto” firmam seus laços sociais.São Cristóvão