Dissertação
Avaliação da alteração molecular na composição química de petróleo nos estágios iniciais de contato com ambientes aquáticos
Evaluation of molecular changes in the chemical composition of crude oil in early stages of contact with aquatics environments
Registro en:
CARREGOSA, Jhonattas de Carvalho. Avaliação da alteração molecular na composição química de petróleo nos estágios iniciais de contato com ambientes aquáticos. 2019. 95 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2019.
Autor
Carregosa, Jhonattas de Carvalho
Institución
Resumen
Accidents involving oil leakage, such as that recently occurred in the
Guanabara basin/RJ - Brazil, are sources of constant research on the potential
toxicities of the environment. The oil when released in the environment goes
through several compositional changes and understanding them helps in
understanding the assessment of the risks to the impacted environment. Thus,
classical techniques, such as SARA fractionation, elemental analysis, and gas
chromatography (GC), along with the advanced technique ESI(±)-FTMS
technique, allowed a comprehensive study in the evaluation of molecular
changes in the oils composition during the first 72 hours of contact with saline
and fluvial aquatic environment. The results showed that in the very first hours
of exposure to the fluvial environment, the saturated fraction suffered a
decreasing for both crudes tested, the most significant was observed to the
medium oil, which have a loss of 16%, as for the heavy one, only 4%. The
aromatics fraction also suffered an impact of 11% and 5%, respectively, for the
same environment. The Ph/n-C18 and Pr/n-C17 ratios have identified a slight
contribution of microbiological biodegradation to oils in contact with the marine
environment and a more systemic one for those who had contact with the fluvial
environment. It was observed an increase of the resinous fraction of the oils for
both environments in ~10%, besides the alteration of the elemental composition
suffered by the oils in contact with the respective aquatic environments. In
general, the relative intensity of class O2 almost doubled, regardless of the oil or
environment to which it was inserted. The oil of lower ºAPI showed the most
outstanding class was the N1 for ESI(-) analysis. Through the evaluation of the
resin fraction by ESI(+), this study showed that the N1 class, which contains
carbon numbers larger than C50 and DBE greater than 15 greater presented
higher susceptibilities to photooxidative processes. Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq Os acidentes envolvendo vazamento de petróleo, como o ocorrido
recentemente na bacia de Guanabara/RJ – Brasil, são fontes de constantes
pesquisas acerca das potenciais toxicidades para o meio ambiente. O óleo no
ambiente passa por diversas mudanças composicionais e entendê-las auxiliam
na compreensão dos riscos ao ambiente impactado. Deste modo, técnicas
clássicas, como fracionamento SARA, análise elementar e cromatografia
gasosa (GC), juntamente com a técnica avançada de ESI(±)-FTMS, permitiram
um estudo abrangente na avaliação da alteração da composição molecular de
óleos durante as primeiras 72 horas de contato do óleo com o ambiente
aquático salino e fluvial. Os resultados mostraram que já nas primeiras horas
de exposição ao ambiente fluvial, ocorreu a diminuição da fração de saturados
para os óleos brutos testados, sendo os valores mais expressivos 16% para o
óleo médio e 4% para o óleo pesado. A fração de aromáticos também teve um
impacto de 11% e 5%, respectivamente, para o mesmo ambiente. As relações
Ph/n-C18 e Pr/n-C17 identificaram uma leve contribuição da biodegradação
microbiológica para os óleos em contato com ambiente marinho, e, uma mais
sistêmica para os que tiveram contato com o ambiente fluvial. Foi observado
um aumento da fração resinóica dos óleos para ambos os ambientes em
~10%, além da alteração da composição elementar sofrida pelos óleos em
contato com os respectivos ambientes. De modo geral, a intensidade relativa
da classe O2 quase dobrou, independente do óleo ou ambiente ao qual o
mesmo foi inserido. O óleo de menor oAPI apresentou a classe N1 mais
destacada para a análise por ESI(-). Através da avaliação da fração resinóica
por ESI(+), o estudo mostrou que compostos da classe N1, contendo número
de carbonos maiores que C50 e DBE maior que 15 apresentaram maior
susceptibilidade à processos foto-oxidativos. São Cristóvão, SE