Relatório
O cômico na obra de Clarice Lispector
Registro en:
Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)
Autor
Reis, Geovaneide Santos dos
Institución
Resumen
Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq A pesquisa realizada sobre o Cômico e Conhecimento com o plano de trabalho “O cômico na obra de Clarice Lispector”, estuda a presença da comicidade nas obras da autora, atentando-se para sua funcionalidade tanto em relação à obra quanto em relação a aspectos da cultura a que se refere. Tomamos como base teorias de autores que tem como finalidade o estudo sobre a natureza, procedimentos e funções do cômico. Dentre eles, O Riso (2007) de Henri Bergson, Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente (1977) de Sigmund Freud e o capítulo “O Chiste” de André Jolles (1976) em seu livro Formas simples. Cada autor estudado tem uma visão sobre o cômico, sendo assim para Bergson o cômico é definido “como o mecânico calcado no vivo”, ou seja, a comicidade ocorre quando o vivo comporta-se como uma máquina. Posteriormente, Freud define o cômico “como uma válvula de escape”, isto é, alivio de tensão, escoamento de conteúdos retidos através das manifestações do inconsciente. Outra explicação é a de André Jolles, o chiste tem como função, desmontar, desfazer a ética, a lógica, a linguagem, ele desmonta as próprias formas. O chiste ocorre através de suas transposições, suas capacidades de inverter os sentidos das coisas. Supõe então que os contos analisados da escritora da chamada “geração de 45”, Clarice Lispector, utiliza-se de aspectos cômicos apresentados tanto por um autor como pelo o outro. Então, a partir das nossas análises, percebeu-se que a literatura também se utiliza da comicidade para representar o mundo, nossa realidade, revelar verdade, criticar, corrigir, libertar e até repreender.