Leprosy is caused by Mycobacterium leprae and is transmitted by air. It infects phagocytic skin cells and Schwann cells of the peripheral nerves. For treatment purposes, WHO classifies the disease as multibacillary (MB) and paucibacillary (PB). Patients may have complications such as leprosy reactions and neurological disabilities. The disease has a wide spectrum of clinical forms associated with the host immune response profile. Some studies show the hormonal influence on the clinical presentation of infectious diseases, and in leprosy hormonal changes were observed, although not analyzed in relation to the clinical presentation of the disease. Therefore, the aim of the study was to evaluate the influence of hormones on the clinical presentation of this disease. The study population consisted of patients from the Dermatology Outpatient Clinic of the University Hospital of the Federal University of Sergipe. A questionnaire with clinical data, assessment of the degree of disability and blood collection was applied. Patients were followed to check for leprosy reactions and physical disability. Serum cortisol, ACTH, IGF-1, GH and testosterone concentrations were measured at the beginning of treatment and compared between groups of patients with the different clinical forms and with the operational forms PB and MB of leprosy. It was also analyzed whether or not there was progression to leprosy reactions and physical disability. Testosterone is higher in men with MB forms than in men with PB forms. Patients with leprosy reactions present lower cortisol concentrations than the ones without leprosy reactions. Lower levels of IGF-1 is observed in patients with physical disability, as compared to the ones without it. In conclusion, these hormones can be used as biomarkers of leprosy presentation and clinical evolutionA Hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae e transmitido por via aérea. Ele infecta células fagocíticas da pele e células de Schwann dos nervos periféricos. Para fins de tratamento a OMS classifica a doença em multibacilar (MB) e paucibacilar (PB). Os pacientes podem apresentar complicações, como as reações hansênicas e lesões neurológicas. A doença tem um grande espectro de formas clínicas associadas ao perfil de resposta imune do hospedeiro. Alguns estudos mostram a influência hormonal na apresentação clínica de doenças infecciosas. Na hanseníase foram observadas alterações hormonais, embora não analisadas com relação à apresentação clínica da doença. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a influência de alguns hormônios na apresentação clínica dessa doença. A população do estudo foi composta por pacientes do ambulatório de Dermatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Foi aplicado um questionário com dados clínicos, avaliação do grau de incapacidade e coleta de sangue. Os pacientes foram acompanhados para verificar a ocorrência de reações hansênicas e de incapacidade física. As concentrações séricas de cortisol, ACTH, IGF-1, GH e testosterona foram dosadas no início do tratamento e comparadas entre os grupos de pacientes com as diferentes formas clínicas e com as formas operacionais PB e MB da hanseníase. Também foi analisado se houve ou não evolução para reações hansênicas e incapacidade física. Observou-se que a testosterona é mais elevada nos homens com forma MB do que naqueles com formas PB. Nos pacientes com reações hansênicas, observam-se concentrações mais baixas de cortisol do que nos que não apresentam reações hansênicas, e que nos pacientes com incapacidade física observam-se concentrações mais baixas de IGF-1 do que nos que não apresentam. Concluindo, esses hormônios podem ser utilizados como biomarcadores da apresentação e evolução clínica da HanseníaseAracaju