Relatório
Avaliação necroscópica e interpretação de lesões em animais silvestres
Plano de trabalho: Avaliação necroscópica e interpretação de lesões em mamíferos silvestres
Registro en:
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Autor
Santos, Juliana Teixeira dos
Institución
Resumen
A necropsia permite a comparação dos sinais clínicos do animal enfermo, com lesões que
não eram visíveis ou aparentes durante a vida. Possibilitando confirmações,
esclarecimentos, retificações no caso clínico e consequentemente modificar ou firmar o
diagnóstico definitivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar alterações macroscópicas e
microscópicas de mamíferos silvestres através do exame necroscópico. Foram necropsiados
no Laboratório de Patologia Animal da UFS 23 animais silvestres, sendo 19 pertencentes a
este plano de trabalho. As espécies foram nove Dasyprocta spp (cutia), cinco Callithrix
jacchus (sagui de tufo branco), dois Sapajus apela (macaco prego), uma Vulpes spp
(raposa), Procyon cancrivorus (guaxinim) e Didelphis aurita (saruê). As cutias vieram a
óbito por hemorragias e fraturas multifocais sugestivas de politraumatismo . Dois saguis
apresentaram parasitismo intestinal sendo um deles por nematódeo da ordem Physaloptera,
apresentando na histopatologia enterite mononuclear e eosinófilica crônica associada às
formas larvais. Os demais calitriquídeos vieram a óbito por traumatismo ou choque
elétrico. Dos macacos pregos, um caso foi de parasitismo intestinal por nematódeo da
ordem Ascaridida e o segundo caso apresentava quadro de enterite granulomatosa. No
guaxinim, destacam-se as úlceras multifocais em língua e estômago com moderada
gastrorragia. Os casos da raposa e gambá também vieram a óbito por politraumatismo.
Conclui-se deste modo, a importância do exame necroscópico para os animais silvestres,
agregando conhecimento nas áreas de sanidade animal, bem estar e conservação das
espécies.