Introdução: Asfixia Perinatal (AP) é um insulto caracterizado pela diminuição ou ausência de oxigênio no feto ou neonato e sua principal consequência, descrita na literatura, é a Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica (EHI). Como principais desfechos da EHI destacam-se os déficits motores, cognitivos e de linguagem, além da paralisia cerebral e o óbito. Objetivo: Analisar os principais achados nos exames de neuroimagem em crianças com encefalopatia hipóxico-isquêmica e os desfechos no neurodesenvolvimento. Método: Trata-se de uma revisão integrativa na qual as buscas foram realizadas nas bases CINAHL e PubMed, com os seguintes critérios de inclusão: estudos de coorte, ensaios clínicos, publicações dos últimos 5 anos, idiomas em português, inglês e espanhol, lactente: nascimento-23 meses, lactente: 1-23 meses, humanos, diagnóstico por ressonância magnética, tomografia e eletroencefalograma. Resultados: Dos 2.248 artigos que foram identificados, 11 foram selecionados para compor o estudo. Constatou-se por meio dos exames de imagem a prevalência de lesões nos Gânglios da Base e Tálamo e na Substância Branca. Os principais resultados neurológicos identificados caracterizaram-se como atraso motor, cognitivo e de linguagem. Considerações Finais: Evidenciou-se uma maior frequência de lesões em Gânglios da Base e Tálamo e Substância Branca, por meio da ressonância magnética. Em relação ao desenvolvimento infantil, os principais desfechos identificados foram atraso motor, cognitivo e de linguagem. Este estudo aponta como limitações o acesso limitado às técnicas de neuroimagem em países em desenvolvimento, bem como a falta de instrumentos padronizados para avaliação do desenvolvimento infantil.Aracaju