OBJECTIVE: to verify if there is a difference in the prevalence of sexual dysfunction among women who have sex with women and women who have sex with men only, and if the internal and external perceptions of sexual orientation stigma are related to sexual dysfunction. METHODOLOGY: a cross-sectional study with 105 women over the age of 18 years and sexually active, being 35 of the group women who have sex with women and 70 of the group women who have sex with men only. Sociodemographic aspects were evaluated and the Female Sexual Function Index was applied to all participants and the Internalized Homophobia Assessment Scale was applied only to women who have sex with women. Pearson's Chi-Square test, Fisher's exact test or Pearson's Chi-Square test with Monte-Carlo simulations were used to evaluate categorical variables. The significance level adopted was 5% and the R Core Team 2019 software was used. RESULTS: the overall prevalence of sexual dysfunction was 17.1%. There was no significant difference in the mean Female Sexual Function Index score between the groups (30,2±3,5x29,8±3,3, p=0.518). There was a better desire score in women who have sex with women (4,8±0,9x4,3±0,9, p=0.003). External and internal perceptions of stigma about sexual orientation were not related to sexual dysfunction. CONCLUSIONS: the prevalence of sexual dysfunction was relatively low, there was no relationship between sexual orientation and sexual dysfunction, and the internal and external perceptions of sexual orientation stigma were not associated with sexual dysfunctionOBJETIVO: verificar se existe diferença na prevalência de disfunção sexual entre mulheres que fazem sexo com mulheres e mulheres que fazem sexo apenas com homens, e se as percepções interna e externa do estigma acerca da orientação sexual se relacionam com a disfunção sexual. METODOLOGIA: estudo transversal com 105 mulheres com idade superior a 18 anos e sexualmente ativas, sendo 35 do grupo mulheres que fazem sexo com mulheres e 70 do grupo mulheres que fazem sexo apenas com homens. Avaliou-se aspectos sociodemográficos e aplicou-se o Índice de Função Sexual Feminina para todas as participantes e a Escala de Avaliação de Homofobia Internalizada apenas para mulheres que fazem sexo com mulheres. Para avaliar variáveis categóricas foram utilizados os testes Qui-Quadrado de Pearson, teste Exato de Fisher ou teste Qui-Quadrado de Pearson com simulações de Monte-Carlo. O nível de significância adotado foi de 5% e software utilizado foi o R Core Team 2019. RESULTADOS: a prevalência global de disfunção sexual foi de 17,1%. Não houve diferença significativa na média do escore do Índice de Função Sexual Feminina entre os grupos (30,2±3,5x29,8±3,3, p=0,518). Verificou-se melhor escore de desejo nas mulheres que fazem sexo com mulheres (4,8±0,9x4,3±0,9, p=0,003). As percepções externa e interna do estigma acerca da orientação sexual não se relacionaram com a dinsfunção sexual. CONCLUSÕES: a prevalência de disfunção sexual foi relativamente baixa, não houve relação entre orientação sexual e disfunção sexual e as percepções interna e externa do estigma acerca da orientação sexual não se associaram à disfunção sexualAracaju