Monografia
Fatores associados à sifilis congênita em Sergipe
Registro en:
SANTOS, José Matheus de Melo; ALMEIDA, Lilian da Conceição. Fatores associados à sifilis congênita em Sergipe. 2018. 35f. Monografia (Graduação em Enfermagem) - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, 2018.
Autor
Santos, José Matheus de Melo
Almeida, Lilian da Conceição
Institución
Resumen
Objectives: to identify associated factors with congenital syphilis in Sergipe, to analyze
the antenatal assistance for the mothers of children with congenital syphilis and to identify
the follow up of these children. Methods: transversal study accomplished in the follow
up outpatient in motherhoods of Sergipe between November 2017 and April 2018 with
one hundred twelve mothers with their children. After the interview with the mothers, we
verify the children’s medical records, the abstracts of maternity hospital discharge and
the historic of the mother’s antenatal care. The analyzed data were inserted in the software
Microsoft Excel and the bivariate analyze was performed in the program Epi Info version
7.2.1.0. Results: Most women is between 20 and 24 years old (30/27.52%), 58(52.79%)
live in countryside, 62(56.36%) were married. 71(63.39%) of them had studied more than
eight years. The sexual activity with more than one partners in the 12 months before
pregnancy was reported by 14(13.46%). The inconstant use of condom was reported by
59(53.15%); 18(16.21%) reported diagnosis of sexually transmitted infection before
pregnancy. 28(25.22%) reported not knowing the severity of the disease during the
pregnancy e 27(24.32%) not knowing the importance of the partner being treated. Almost
the total did perform treatment and only one third had diagnosis of syphilis in the first
trimester. Among who did perform treatment, 88(78.57%) were appropriate. Among the
10 cases who did not perform treatment, the main reason were service flow failure
(6/60%). Most children (77/74.04%) were born normal, 106 (97.25%) did perform one
complementary exam at least, 25 (22.32%) did not perform the non-treponemal testing in
the spinal tap and 72 (67.92%) were asymptomatic. Among the 99 cases registered of the
children’s treatment, 88(88.89%) neonates received appropriate treatment. The bivariate
analyze showed significance between some study variables. Conclusion: it is very
important to understand the syphilis dynamics in the state, because knowing the real
magnitude of this infection and the reality of the assistance, arise the opportunity to start
strategies for the improvement in the pregnancy assistance and in the prevention of the
vertical transmission. Objetivo: identificar fatores associados à sífilis congênita em Sergipe, analisar a
assistência do pré-natal prestada às mães de crianças com sífilis congênita e identificar o
seguimento dessas crianças. Método: estudo transversal realizado nos ambulatórios de
seguimento em maternidades de Sergipe entre novembro de 2017 e abril de 2018 com
112 mães com suas crianças. Após a entrevista com as mães, verificou-se os prontuários
das crianças, resumo de alta da maternidade e o histórico do pré-natal da mãe. As
variáveis foram divididas nas categorias: Aspectos sócio-demográficos-econômicos;
exposição de risco materno; antecedentes obstétricos da mãe e exposição da criança. Os
dados foram armazenados no software Microsoft Excel e a análise bivariada foi realizada
no software Epi Info versão 7.2.1.0. Resultados: A maioria das mães possuíam idade
entre 20 e 24 anos (30/27,52%), moravam no interior (58/52,79%), eram casadas
(62/56,36%) e possuíam mais de 8 anos de estudo (71/63,39%). O contato sexual com
mais de um parceiro nos 12 meses antes da gestação foi referido por 14(13,46%), o uso
inconstante do preservativo foi observado em 59 casos (53,15%); 18(16,21%) relataram
diagnóstico de IST anterior a gestação. 28(25,22%) afirmaram não ter ciência da
gravidade da doença durante a gestação e 27(24,32%) não sabiam da importância do
parceiro ser tratado. Quase a totalidade realizou pré-natal e apenas um terço teve
diagnóstico da sífilis no primeiro trimestre. Das que realizaram tratamento, 88 (78,57%)
tiveram esquema considerado adequado. Dos 10 casos que não realizaram tratamento, o
principal motivo observado foi falha no fluxo do serviço (6/60%). A maioria (77 /74,04%)
das crianças nasceram a termo, 106 (97,25%) fizeram pelo menos um exame
complementar, 25 (22,32%) não realizaram o teste não treponêmico no líquor e 72
(67,92%) foram assintomáticas. Dos 99 casos com registro de tratamento da criança,
88(88,89%) recém nascidos receberam tratamento adequado. A análise bivariada mostrou
relação significativa entre algumas variáveis do estudo. Conclusão: é de fundamental
importância entender a dinâmica da sífilis no estado, pois uma vez que se conhece a real
magnitude desta infecção e a realidade da assistência, surge a oportunidade de iniciar
estratégias que tragam melhorias na assistência prestada à gestante e na prevenção da transmissão vertical. Aracaju