Dissertação
Costurando o fio da memória: a trajetória de Rosalina Santos, costureira negra na “Aracaju romântica” (1924-2021)
Registro en:
GOMES, José Edwyn Silva. Costurando o fio da memória: a trajetória de Rosalina Santos, costureira negra na “Aracaju romântica” (1924-2021). 2023. 148 f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2023.
Autor
Gomes, José Edwyn Silva
Institución
Resumen
In the sands of “Romantic Aracaju of the 1940s and 1950s” stories of black women and men
unfolded, real plots were played out by these subjects until then “excluded from history”. We
present an analysis of the life trajectory of Rosalina Santos, a seamstress for the white
“madams” in the capital, granddaughter of former slaves. Rosalina Santos was born in Divina
Pastora/SE in 1924 and stood out as a seamstress or “fashionist” of the so-called “high society
of Aracaju”. We present aspects of her daily life, identifying in her memories the importance
of the family, especially her godmother in her upbringing, the permanence of the slave
mentality and the racism present in labor relations. What were the effects of everyday racism
on her trajectory? How was it possible to become a seamstress for this clientele? What were
the working conditions for black women in that period? What were your strategies? Finally,
what was left of Africa in her memories? Nos areais da “Aracaju Romântica dos anos 1940 e 1950” histórias de mulheres e homens
negros se desenrolaram, verdadeiras tramas foram protagonizadas por estes sujeitos até então
“excluídos da história”. Apresentamos uma análise da trajetória de vida de Rosalina Santos,
costureira das “madames” brancas da capital, neta de ex-escravizados. Rosalina Santos nasceu
em Divina Pastora/SE em 1924 e se destacou como costureira ou “modista” da dita “alta
sociedade aracajuana”. Apresentamos aspectos do seu cotidiano, identificando nas suas
memórias a importância da família, principalmente da sua madrinha na sua formação, a
permanência da mentalidade escravista e o racismo presente nas relações de trabalho. Quais
foram os efeitos do racismo cotidiano na sua trajetória? Como foi possível tornar-se costureira
dessa clientela? Quais eram as condições de trabalho para mulheres negras nesse período?
Quais foram as suas estratégias? Por fim, o que restou da África nas suas memórias? São Cristóvão