Women have notably been erased from political, economic, and human social evolution. This end of course work intends to observe the historical processes, from colonization to globalization, which intensified the exploitation of women’s work and the consequences they suffered. Since the formation of the patriarchal and capitalist society, housework and family care were intended for women, as they are understood as a natural feminine attribute. Thus, this work starts with the perspective of feminist authors Carole Pateman, Heleieth Saffioti and others, about the separation of the public and private spheres, which was the starting point for the invisibility of women as a global, political and economic actor, addressed by Nancy Fraser and Cynthia Enloe. This approach will be followed by a decolonial analysis from the authors María Lugones and Lélia Gonzalez, the subjugation of women, categorized by gender, race, ethnicity, and nationality, which increase the economic abuses experienced over the centuries. The second chapter addresses the necessity of female presence in the labor market after the advent of globalization. Women are given the most precarious, vulnerable, and lowest-paid jobs in all economic sectors. When observing, in particular, the service sector, it is clear that women from the countries of the Global South, racialized and from the marginalized economic classes, carry the burden of the economy of their countries and the countries of the Global North. With the “care crisis” in the major countries, the Global Care Chains were created, which consists in the feminization process of the international migration through the formation of migratory corridors between them and the peripheral countries, to supply the realization of domestic and care work, which were no longer be done by women from the Global North who went to the formal labor market. Furthermore, the particularities of this “women’s work” are pointed out, which branches in reproductive and effective work. The authors Silvia Federici, Arlie Hochschild, Cristina Carrasco Bengoa and Encarnación Gutiérrez-Rodríguez are the principal exponents addressed in this chapter. Finally, the migratory corridor formed between Ecuador and Spain will be used as an exemplary model to verify the concepts worked by feminist and decolonial theories, with the observation of the leading causes and consequences of this chain, the relationship between countries, transnational families, sending remittances and changes over time.As mulheres notadamente foram apagadas da história sobre a evolução política, econômica e social humana. Este Trabalho de Conclusão de Curso tem a pretensão de observar processos históricos que, desde a época da colonização até a globalização, intensificaram a exploração do trabalho das mulheres e as consequências sofridas por elas. Desde a formação da sociedade patriarcal e capitalista, o trabalho doméstico e o cuidado familiar foram destinado às mulheres, pois são entendidos como um atributo natural feminino. Desta forma, este trabalho é iniciado com a perspectiva das autoras feministas, Carole Pateman, Heleieth Saffioti e outras, sobre a separação das esferas pública e privada, a qual foi o ponto inicial para a invisibilização da mulher enquanto ator global, político e econômico, abordada por Nancy Fraser e Cynthia Enloe. Essa abordagem será seguida por uma análise decolonial, a partir das autoras María Lugones e Lélia Gonzalez, da subjugação das mulheres, categorizadas por gênero, raça, etnia e nacionalidade, as quais aumentam os abusos econômicos que elas vivenciaram ao longo dos séculos. No segundo capítulo, aborda-se a necessidade da presença feminina no mercado de trabalho após o advento da globalização. Às mulheres são destinados os trabalhos mais precários, vulneráveis, e menor remunerados em todos os setores da economia. Ao observar, em especial, o setor de serviços, percebe-se que as mulheres dos países do Sul Global, racializadas e das classes econômicas marginalizadas, carregam o duplo fardo de sustentar a economia dos seus países e dos países do Norte Global. Com a “crise dos cuidados” nos países centrais, foram criadas as Cadeias Globais de Cuidado, que consistem no processo de feminização da migração internacional, através da formação dos corredores migratórios entre estes e os países periféricos, para suprir a realização do trabalho doméstico e do cuidado, os quais deixaram de ser realizados pelas mulheres do Norte Global que foram para o mercado de trabalho formal. Além disso, são apontadas as particularidades desse “trabalho de mulher”, que se ramifica em trabalho reprodutivo e afetivo. As autoras Silvia Federici, Arlie Hochschild, Cristina Carrasco Bengoa e Encarnación Gutiérrez-Rodríguez são as principais expoentes abordadas no capítulo. Por fim, utilizar-se-á, como modelo exemplificativo, o corredor migratório formado entre o Equador e a Espanha, com a finalidade de verificar os conceitos trabalhados pelas teorias feminista e decolonial, com a observação das principais causas e consequências dessa cadeia, a relação entre os países, as famílias transnacionais, o envio de remessas e as mudanças ocorridas ao longo do tempo.São Cristóvão, SE