Monografia
Tendência temporal da morbimortalidade por agressões interpessoais no Estado de Sergipe, Brasil, 2008 a 2017
Registro en:
ALMEIDA, Yann Phillipe Vilela de. Tendência temporal da morbimortalidade por agressões interpessoais no Estado de Sergipe, Brasil, 2008 a 2017. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina) - Universidade Federal de Sergipe, Lagarto, 2019.
Autor
Almeida, Yann Phillipe Vilela de
Institución
Resumen
Introduction: Interpersonal violence is an important public health problem today, causing great morbidity and mortality. The objective of this study is to evaluate the temporal trend of hospitalization rates for interpersonal violence and homicides in the state of Sergipe, from 2008 to 2017. Material and Methods: This is a time series, with secondary data from the Mortality Information System (SIM) and the Hospital Information System of SUS (SIH / SUS), from 2008 to 2017, referring to interpersonal violence and homicides in the state of Sergipe. The Annual Percentage Change (APC) was calculated and trends were considered stationary when the regression coefficient was not significantly different from zero (p> 0.05). Results: 3215 hospitalizations were recorded for interpersonal violence and 9640 homicides in Sergipe. Interpersonal violence predominated in men, both in hospitalizations (89.9%) and in deaths (94.1%). Between 20 and 29 years of age there was the highest proportion of hospitalizations (38.9%) and deaths (39.8%). There was an increasing trend of interpersonal violence (APC = 13.2) and homicide rate (APC = 10.5). The firearm mortality rate has shown a growth trend (APC = 13.9), while for white arms and other means there has been a steady trend. Conclusions: The violence in Sergipe has been a major cause of mortality and morbidity, and a health problem with significant social and cultural causes, requiring a complex and cross-sectoral approach to impacts can be observed over the next few years. Introdução: A violência interpessoal é um importante problema de saúde pública nos dias atuais, sendo causa de grande morbidade e mortalidade. O estudo tem o objetivo avaliar a tendência temporal das taxas de internações hospitalares por violência interpessoal e de homicídios no estado de Sergipe, de 2008 a 2017. Material e Métodos: Trata-se de uma série temporal, com dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), de 2008 a 2017, referentes à violência interpessoal e homicídios no estado de Sergipe. Foi calculada a Anual Percentage Change (APC) e as tendências foram consideradas estacionárias quando o coeficiente de regressão não foi significativamente diferente de zero (p > 0,05). Resultados: Foram registrados 3215 internamentos por violência interpessoal e 9640 homicídios em Sergipe. A violência interpessoal predominou nos homens, tanto nos internamentos (89,9%) como nos óbitos (94,1%). Entre 20 a 29 anos houve a maior proporção dos internamentos (38,9%) e óbitos (39,8%). Houve tendência crescente das taxas de internamento por violência interpessoal (APC =13,2), e, da taxa de homicídios (APC = 10,5). A taxa de mortalidade por armas de fogo tem apresentado tendência de crescimento (APC = 13,9), enquanto as por armas brancas e outros meios tem apresentado tendência estacionária. Conclusões: A violência em Sergipe tem sido importante causa de mortalidade e morbidade hospitalar, sendo um problema de saúde com importantes causas sociais e culturais, exigindo uma abordagem complexa e intersetorial para impactos possam ser observados ao longo dos próximos anos. Lagarto - SE