Introdução: O SARS-CoV 2 é uma doença infectocontagiosa que afeta a respiração. É um vírus que vitimou aproximadamente 700 mil pessoas só no Brasil, principalmente as que faziam parte dos grupos de risco, incluindo os idosos. Vários profissionais da saúde operaram na linha de frente para minimizar os danos causados pela doença, inclusive o fonoaudiólogo que foi essencial para a reabilitar os problemas relacionados aos aspectos de deglutição Objetivo: O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil dos pacientes idosos que tiveram COVID-19 e ficaram internados na Unidade de Doenças Respiratórias e necessitaram de acompanhamento fonoaudiológico. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, descritivo, realizado no Hospital Universitário de Lagarto (HUL) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que teve como base a análise de dados dos prontuários dos pacientes internados na Unidade de Doenças Respiratórias (UDR) e que passaram pela avaliação fonoaudiológica. Como critérios de inclusão, os pacientes tinham que ter o diagnóstico confirmado e serem idosos. Resultados: Foram analisados 166 prontuários de pacientes da UDR, notou-se média de 75.2 anos (± 9,2), sendo 85 (51,2%) do sexo masculino, 81 (49,8%) do sexo feminino e desses, 83 (50%) residiam em Lagarto, 83 (50%) eram de outras cidades. A maioria dos idosos precisou de suporte ventilatório, sendo 55% por ventilação mecânica e 147 (89,6%) apresentou pelo menos uma comorbidade.Conclusão: Observou-se predominância do sexo masculino, sendo as comorbidades mais relatadas a hipertensão arterial sistêmica e a doença pulmonar obstrutiva crônica. Com relação aos sintomas, a dispneia foi a que mais se evidenciou seguida da febre. A maioria precisou de algum tipo de suporte respiratório, seja através da oxigenioterapia e/ou ventilação mecânica. Todos os pacientes que necessitaram de ventilação mecânica foram através do tubo orotraqueal, a maioria com (=48 horas) de intubação. O número de pacientes com disfagia foi pequeno, e a maioria dos pacientes encontravam-se no nível 5 da escala FOIS, com alimentação exclusiva via oral, porém com necessidade de adaptações, mostrando assim a importância do fonoaudiólogo para garantir uma alimentação segura, sem riscos.Lagarto