This work sought to observe how news published by the newspaper Joca, from São Paulo, is perceived by boys and girls from 7 to 12 years old, living in the municipality of Paripiranga, located in the Northeast of Bahia state. The question that guided the research was how the selected contents, language and narrative constructions designed for a predominant audience of students from private schools in São Paulo are apprehended by these children and adolescents from the countryside, whose experiences, values and cultural references are very different from those his peers from the largest city in the country. For this purpose, activities were carried out to present the newspaper to the children, duly authorized by their legal guardians, by means of a declaration of free informed consent, followed by collections of testimonies about their perceptions of the material shown. Before, a previous analysis of the structure and types of content, both textual and visual, was carried out to get to know Joca better. In the end, it was possible to conclude that, despite not having so many difficulties in terms of comprehension of text, children in the countryside have some limitations that can hinder their interest in the news, such as the lack of incentive to read and access restrictions on computer, smartphone and internet.Este trabalho buscou observar como notícias veiculadas pelo jornal Joca, de São Paulo, são percebidas por meninos e meninas de 7 a 12 anos residentes no município de Paripiranga, localizado no Nordeste da Bahia, próximo à divisa com Sergipe. A pergunta que orientou a pesquisa foi como os conteúdos selecionados, a linguagem e as construções narrativas pensadas para uma audiência predominante de estudantes de escolas particulares paulistanas são apreendidas por essas crianças e adolescentes do interior, cujas vivências, valores e referenciais culturais são muito diferentes dos seus coetâneos da maior cidade do país. Para isso, foram realizadas atividades de apresentação do jornal às crianças, devidamente autorizadas pelos seus responsáveis legais, mediante declaração de livre consentimento esclarecido, seguidas de coletas de depoimentos sobre as suas percepções sobre o material exibido. Antes, foi realizada uma análise prévia da estrutura e dos tipos de conteúdos, tanto os textuais quanto os visuais do site, para conhecer melhor o Joca. Ao final, foi possível concluir que, apesar de não apresentarem tantas dificuldades em termos de compreensão de texto, as crianças do interior possuem algumas limitações que podem dificultar o interesse pelas notícias, como a falta de incentivo à leitura e restrições de acesso a computador, smartphone e internet.São Cristóvão, SE