Monografia
A cisão da conjuntura paradiplomática brasileira durante o governo Bolsonaro : o caso do Consórcio Nordeste (2019 – 2021)
Registro en:
Silva, Jaqueline Victória Santana. A cisão da conjuntura paradiplomática brasileira durante o governo Bolsonaro : o caso do Consórcio Nordeste (2019 – 2021). São Cristóvão, 2022. Monografia (graduação em Relações Internacionais) - Departamento de Relações Internacionais, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2022
Autor
Silva, Jaqueline Victória Santana
Institución
Resumen
The first official action taken by the central government to supervise Brazilian paradiplomatic activities took place in 1997, after the ARF’s creation, initiating a period of dialogue and cooperation between the Federal Government and its subnational entities about their international relations. However, the arrival of Jair Bolsonaro to the Presidency of the Republic seems to present a change in this scenario, evidencing a new content in the Brazilian paradiplomatic situation. It is in this scenario that the Northeast Consortium has been standing out lately, since, in addition to having a different political position from that adopted by the agenda of the current central government, its leaders, contrary to the posture taken by the Bolsonaro government, seek alternatives and solutions to meet demands, seize opportunities and strengthen its international operations. Taking this into account, the present research aims to investigate the performance of the Northeast Consortium against the Bolsonaro government as an aspect capable of evidencing a cleavage in the country's paradiplomatic conjuncture. Thus, we start from the hypothesis that the less conciliatory and progressively aggressive tone of the Bolsonaro government promoted federative tensions by going against the interests of subnational entities, inaugurating a “paradiplomacy of confrontation” understood as the result of a series of political, partisan and conjunctural issues. A primeira ação oficial feita pelo governo federal para supervisionar as atividades paradiplomáticas brasileiras deu-se em 1997, com a criação da ARF, dando início a um período de diálogo e cooperação entre o Governo Federal e seus entes subnacionais no que diz respeito às suas relações internacionais. Entretanto, a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República parece apresentar uma mudança nesse cenário, evidenciando um novo teor na conjuntura paradiplomática brasileira. É nesse cenário que o Consórcio Nordeste vem se destacando ultimamente, uma vez que, além de possuir um posicionamento político divergente daquele adotado pela agenda do atual governo central, seus líderes, na contramão da postura assumida pelo governo Bolsonaro, buscam por alternativas e soluções para atender demandas, aproveitar oportunidades e fortalecer sua atuação internacional. Levando isso em consideração, a presente pesquisa objetiva investigar a atuação do Consórcio Nordeste frente ao governo Bolsonaro como aspecto capaz de evidenciar uma clivagem na conjuntura paradiplomática do país. Assim, partimos da hipótese de que o tom menos conciliador e progressivamente agressivo do governo Bolsonaro promoveu tensões federativas por irem de encontro aos interesses dos entes subnacionais, inaugurando uma “paradiplomacia de confronto” entendida como resultado de uma série de questões políticas, partidárias e conjunturais. São Cristóvão, SE