Dissertação
Economia colaborativa em turismo: estudo comparativo de modelos de negócio entre empresas tradicionais e de turismo colaborativo
Registro en:
CABANNE, Cibele Lopes Souto Maior. Economia colaborativa em turismo: estudo comparativo de modelos de negócio entre empresas tradicionais e de turismo colaborativo. 2019. 168 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2019.
Autor
Cabanne, Cibele Lopes Souto Maior
Institución
Resumen
A Economia Colaborativa, um novo e emergente sistema socioeconômico
fundamentado na tecnologia que trouxe à tona, dentre outros, inovadores modelos de acesso
temporário e de não-propriedade, tem sido descrita como a maior mudança no cenário dos
negócios desde o advento da internet. Ela viabiliza o compartilhamento par a par de bens,
serviços e até dinheiro, em uma escala e velocidade inimagináveis uma década atrás. O setor
mais afetado por essa transformação é o de turismo, no qual a Economia Colaborativa mais
cresce. Nessa área, composta tradicionalmente por hotéis, pousadas, táxis e operadores de
viagens, o Turismo Colaborativo tem conquistado um número progressivo de pessoas,
fazendo com que indivíduos comuns compartilhem com os turistas o que eles possuem (casas,
carros, etc.) ou o que eles fazem e vivenciam, como refeições e excursões (JUUL, 2015),
através de plataformas com ou sem fins lucrativos que estão alcançando o mundo e
perturbando as grandes empresas tradicionais do setor (ZERVAS; PROSERPIO; BYERS,
2013). Nesta atual realidade econômica, a maior empresa de hospitalidade do mundo não
possui nenhum quarto ou hotel e, da mesma forma, a maior empresa de transporte não possui
um único veículo. Essas empresas: Airbnb e Uber, são apenas dois exemplos dessa mudança
que está transformando a vida, economia e forma de fazer negócios em todo o globo
(OWYANG; SAMUEL, 2015). No Brasil, o Turismo Colaborativo se tornou ainda mais
atrativo graças às condições desfavoráveis da economia, significando uma fonte alternativa de
renda para aqueles que desejarem alugar seus ativos ociosos para os turistas ou ainda uma
redução de custos para aqueles que viajam. Imerso nesse contexto, o objetivo do presente
estudo é analisar comparativamente os modelos de negócio de empresas monetizadas de
Turismo Colaborativo e de turismo tradicional de mesmo ramo, com base nos componentes
do Business Model Canvas (OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011). Para isso, foi adotado o
estudo de casos múltiplos como estratégia de pesquisa, envolvendo a realização de entrevistas
semiestruturadas com três gestores de cada uma das duas categorias de empresa. Visando a
corroboração dos achados, efetuou-se uma triangulação com análise documental e, como
critério de confiabilidade adicional, utilizou-se o software para pesquisas qualitativas Atlas.ti.
Os seis casos foram tratados mediante análises de conteúdo e comparativa (cross-case
analysis). Tal investigação evidenciou que as empresas de Turismo Colaborativo buscam
atender a clientes com demandas distintas daqueles do turismo tradicional, o que se reflete em
todo o modelo de negócio. Assim, o Turismo Colaborativo diversifica ainda mais os modelos
de negócio do setor de turismo. Portando-se como marketplaces de serviços, as plataformas
tanto apresentam novas experiências de imersão ao turista, quanto ampliam a personalização
de serviços já existentes. Dessa forma, tendo em vista que tais características surgiram como
resposta a um novo perfil de viajante (DREDGE; GYIMÓTHY, 2015; FORNO;
GARIBALDI, 2015), o Turismo Colaborativo pode significar uma transformação tão
importante para o turismo quanto o e-commerce foi para o comércio, coexistindo,
complementando e modificando as empresas tradicionais do setor. A Economia Colaborativa, um novo e emergente sistema socioeconômico
fundamentado na tecnologia que trouxe à tona, dentre outros, inovadores modelos de acesso
temporário e de não-propriedade, tem sido descrita como a maior mudança no cenário dos
negócios desde o advento da internet. Ela viabiliza o compartilhamento par a par de bens,
serviços e até dinheiro, em uma escala e velocidade inimagináveis uma década atrás. O setor
mais afetado por essa transformação é o de turismo, no qual a Economia Colaborativa mais
cresce. Nessa área, composta tradicionalmente por hotéis, pousadas, táxis e operadores de
viagens, o Turismo Colaborativo tem conquistado um número progressivo de pessoas,
fazendo com que indivíduos comuns compartilhem com os turistas o que eles possuem (casas,
carros, etc.) ou o que eles fazem e vivenciam, como refeições e excursões (JUUL, 2015),
através de plataformas com ou sem fins lucrativos que estão alcançando o mundo e
perturbando as grandes empresas tradicionais do setor (ZERVAS; PROSERPIO; BYERS,
2013). Nesta atual realidade econômica, a maior empresa de hospitalidade do mundo não
possui nenhum quarto ou hotel e, da mesma forma, a maior empresa de transporte não possui
um único veículo. Essas empresas: Airbnb e Uber, são apenas dois exemplos dessa mudança
que está transformando a vida, economia e forma de fazer negócios em todo o globo
(OWYANG; SAMUEL, 2015). No Brasil, o Turismo Colaborativo se tornou ainda mais
atrativo graças às condições desfavoráveis da economia, significando uma fonte alternativa de
renda para aqueles que desejarem alugar seus ativos ociosos para os turistas ou ainda uma
redução de custos para aqueles que viajam. Imerso nesse contexto, o objetivo do presente
estudo é analisar comparativamente os modelos de negócio de empresas monetizadas de
Turismo Colaborativo e de turismo tradicional de mesmo ramo, com base nos componentes
do Business Model Canvas (OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011). Para isso, foi adotado o
estudo de casos múltiplos como estratégia de pesquisa, envolvendo a realização de entrevistas
semiestruturadas com três gestores de cada uma das duas categorias de empresa. Visando a
corroboração dos achados, efetuou-se uma triangulação com análise documental e, como
critério de confiabilidade adicional, utilizou-se o software para pesquisas qualitativas Atlas.ti.
Os seis casos foram tratados mediante análises de conteúdo e comparativa (cross-case
analysis). Tal investigação evidenciou que as empresas de Turismo Colaborativo buscam
atender a clientes com demandas distintas daqueles do turismo tradicional, o que se reflete em
todo o modelo de negócio. Assim, o Turismo Colaborativo diversifica ainda mais os modelos
de negócio do setor de turismo. Portando-se como marketplaces de serviços, as plataformas
tanto apresentam novas experiências de imersão ao turista, quanto ampliam a personalização
de serviços já existentes. Dessa forma, tendo em vista que tais características surgiram como
resposta a um novo perfil de viajante (DREDGE; GYIMÓTHY, 2015; FORNO;
GARIBALDI, 2015), o Turismo Colaborativo pode significar uma transformação tão
importante para o turismo quanto o e-commerce foi para o comércio, coexistindo,
complementando e modificando as empresas tradicionais do setor. São Cristóvão, SE