Monografia
Técnicas inovadoras, envolvendo o uso de biomateriais e células-tronco no tratamento de pacientes com fissura palatina: revisão de literatura
The use of biomaterials and stem cells in the treatment of patients with cleft palate: literature review
Registro en:
SANTOS, Jany Cleide Oliveira Barbosa. Técnicas inovadoras, envolvendo o uso de biomateriais e células-tronco no tratamento de pacientes com fissura palatina: revisão de literatura. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Federal de Sergipe, Lagarto, 2022.
Autor
Santos, Jany Cleide Oliveira Barbosa
Institución
Resumen
The congenital malformation that occurs very often in live newborn patients in the craniofacial area is the cleft lip and palate (CLP), occurring mainly in the maxillofacial region, due to a deficiency in the junction of the structures, which occurs in the embryonic phase. CLPs have a hypothetical prevalence, covering about 1:700 of live births in the world and their etiology depends on several factors such as: genetic, environmental and socioeconomic. However, in prenatal care, only the cleft lip can be diagnosed early in the first trimester, since the cleft palate, due to its location, is difficult to visualize, and its identification only after the twenty-eighth week of gestation. Correction of this alteration occurs postnatally, normally following the most common protocol: the surgical procedure at three months of age for lip closure (cheiloplasty) and at one year or older for palate closure (palatoplasty). From seven to nine years, after the eruption of the canine tooth, the alveolar bone graft procedure is performed. Between thirteen and fifteen years old performs orthognathic surgery. Secondary rhinoplasty is the final procedure, it has the function of correcting residual deformities, normally performed at 18 years of age. However, these procedures (palatoplasty and alveolar bone grafting) still use the gold standard, the autogenous bone graft (iliac crest), but recently, in vivo and in vitro research in the area of biomaterials together with mesenchymal stem cells has advanced a lot with great promising results (network generation, vascular, bone regeneration, tooth eruption and reduced morbidity), bringing great benefits to patients such as less traumatic surgeries, faster and less painful recovery. And with the innovations in the engineering of biomaterials (the ceramic type, the most used), their use must be tailored and personalized to overcome physiological and biomechanical barriers, in addition to using osteogenic scaffolds that are biocompatible, biodegradable and suitable for the integration of hard and soft tissues, with the ability to repair form and function without causing craniofacial changes. With these technologies, the reconstruction of cleft palates with individualized implants, tissue recovery tends to be fast, safe and functional, especially when working with patient-specific autogenous materials, as they have genetic, differentiation, inductive and conductive capabilities, increasing the cleft lip and palate closure potential. However, it is concluded that despite the good results, it has not yet been explained about these techniques, what type of material is formed in the graftarea, after regeneration. However, further studies are needed to better understand the behavior of these materials in the receiving area. A malformação congênita que ocorre com muita frequência em pacientes recém-nascidos vivos, na área craniofacial é a fissura labiopalatina (FLP), ocorrendo principalmente na região maxilofacial, devido a deficiência na junção das estruturas, que acontece na fase embrionária. As FLPs têm prevalência hipotética, abrangendo cerca de 1:700 dos nascidos vivos no mundo e sua etiologia depende de vários fatores como: genéticos, ambientais e socioeconômico. Entanto, no pré-natal, apenas a fissura labial pode ser diagnosticada precocemente no primeiro trimestre, já a fissura palatina devido à localização, tem uma difícil visualização, tendo sua identificação apenas a partir da vigésima oitava semana de gestação. A correção desta alteração ocorre no pós-natal, normalmente segue o protocolo mais comum: o procedimento cirúrgico aos três meses idade para o fechamento labial (queiloplastia) e com um ano ou mais de idade para o fechamento do palato (palatoplastia). De sete a nove anos, após a erupção do dente canino realiza o procedimento de enxerto ósseo alveolar. Entre treze e quinze anos realiza a cirurgia ortognática. A rinoplastia secundaria é o procedimento final, tem a função de corrigir deformidades residuais, normalmente realizados aos 18 anos de idade. Todavia, esses procedimentos (palatoplastia e enxerto ósseo alveolar) ainda utilizam o padrão ouro, o enxerto ósseo autógeno (crista ilíaca), mas recentemente, pesquisas in vivo e in vitro na área dos biomateriais junto com as células-tronco mesenquimais tem avançado bastante com grandes resultados promissores (geração de rede, vascular, regeneração óssea, erupção dentaria e morbidade reduzida), trazendo grandes benefícios aos pacientes como cirurgias menos traumáticas, recuperação mais rápida e pouco dolorosa. E com as inovações na engenharia de biomateriais ( do tipo cerâmico, o mais utilizado), o seu uso deve ser sob medida e personalizado para sobrepujar as barreiras fisiológicas e biomecânicas, além de utilizar arcabouços osteogênicos que são biocompatíveis, biodegradáveis e adequados na integração dos tecidos duros e moles, com a capacidade de reparar a forma e função sem causar alterações craniofaciais. Com essas tecnologias, a reconstrução das fissuras palatinas com implantes individualizados, a recuperação dos tecidos tende a ser rápida, segura e funcional, principalmente quando trabalhado com materiais autógenos específicos do paciente, por possuírem capacidades genicas, de diferenciação, indutoras e condutoras, aumentando o potencial de fechamento da fissura lábiopalatina. Entretanto, conclui-se queapesar dos bons resultados, ainda não foi explicado sobre estas técnicas, qual é o tipo de material formado na área de enxerto, após a regeneração. Todavia, necessita-se de mais estudos para entender melhor os comportamentos desses materiais na área receptora. Lagarto