Self-mutilation has been considered a dysfunctional way of dealing with problems with great emotional charge that the subject cannot express in words, for which he uses self-aggression as a form of expression. The probability of engaging in risky behaviors increases during adolescence, since at this stage of life, an emotional or behavioral disorder can occur, which modifies or alters the personal response to some physical and/or psychological risk. Some teenagers, faced with emotional conflicts, may see self-mutilation as a way of externalizing things on their skin that they cannot translate into words, thus making the anguish marked and perceived. The general objective of this research is to understand the meanings attributed by participants who presented/present the behavior of self-mutilation of the body in adolescence, as well as to identify the implications of the effects on the involvement in daily activities. Specific objectives: understand the meaning of this behavior for the subjects and identify the triggers that lead to self-mutilating behavior. This is a study with a qualitative and descriptive approach, carried out with adolescents who practice or practice self-mutilation during adolescence. The collection was carried out through a semi-structured questionnaire in a virtual way. It was possible to notice that the motivation for the practice of self-mutilation can have several functions, such as expressing emotions, reducing negative feelings and anguish, and alleviating all these sensations, which ends up interfering in the adolescents' involvement in their daily activities. It is observed that the role of the occupational therapist becomes relevant, as it provides care centered on the subject considering its uniqueness and potential, acting as a facilitator in the process of daily transformation.A automutilação tem sido considerada uma maneira disfuncional de enfrentar problemas com grande carga emocional a qual o sujeito não consegue exteriorizar em palavras, para tanto utiliza a autoagressão como forma de expressão. A probabilidade de envolvimento em comportamentos de risco aumenta durante a adolescência, já que nessa etapa da vida, pode ocorrer uma desordem emocional ou comportamental, que modifica ou altera a resposta pessoal para algum risco físico e/ou psicológico. Alguns adolescentes, diante de conflitos emocionais, podem ver na automutilação uma forma de exteriorizar sobre a pele coisas que não conseguem traduzir em palavras, tornando assim, a angústia marcada e percebida. O objetivo geral dessa pesquisa é entender os sentidos atribuídos por adolescentes que apresentaram/apresentam o comportamento de automutilação do corpo na adolescência, bem como identificar quais as implicações dos efeitos no envolvimento nas atividades cotidianas. Objetivos específicos: compreender o significado deste comportamento para os sujeitos e identificar os disparadores que levam ao comportamento automutilante. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa e caráter descritivo, realizado com adolescentes que praticam ou praticaram automutilação durante a adolescência. A coleta foi realizada por meio de um questionário semiestruturado de maneira virtual. Foi possível perceber que a motivação para a prática da automutilação pode ter várias funções, como expressar emoções, reduzir sentimentos negativos e angústia, e alívio de todas essas sensações, o que acaba interferindo no envolvimento dos adolescentes em suas atividades cotidianas. Observa-se que a atuação do terapeuta ocupacional se torna relevante, já que fornece um cuidado centrado no sujeito considerando sua singularidade e potencialidade atuando como um facilitador no processo de transformação do cotidiano.Lagarto