dc.identifier | Cunha, Carlos Eduardo Alves. Adição de agregado reciclado de resíduo da construção civil para estabilização de um solo expansivo. São Cristóvão, SE, 2018. Monografia – Departamento de Engenharia Civil, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2018 | |
dc.description | Os solos expansivos têm como principal característica a mudança de volume quando é alterado o seu teor de umidade. É um solo capaz de gerar grandes prejuízos financeiros em obras de engenharia, em decorrência das diversas patologias que pode causar nas edificações, especialmente nas de pequeno porte. Pode ocasionar trincas, fissuras e até mesmo tombamentos de toda a estrutura, caso medidas preventivas ou corretivas não sejam adotadas. Uma maneira de tentar estabilizar esse tipo de solo é a estabilização física, alterando-se a distribuição granulométrica, com a adição de agregado reciclado, por exemplo, oriundo de resíduo da construção e demolição (RCD). Neste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi analisada uma amostra de solo, tipo massapê, coletada no município de Nossa Senhora do Socorro-SE, próximo da BR 101, com a qual foram realizados ensaios de granulometria, limites de Atterberg, compactação, Índice de Suporte Califórnia (ISC), resistência à compressão simples (RCS), expansão livre e pressão de expansão do solo puro. Os resultados dos ensaios indicaram o quanto o solo é expansivo, atingindo um patamar de 19%, de expansão livre, e pressão de acima de 660 kPa, o maior nível já obtido com argilas expansivas de Sergipe. Para a tentativa de estabilização, foram analisadas a misturas solo + RCD, com percentuais de 40%, 50% e 60% do agregado reciclado fino. Os resultados obtidos dos ensaios confirmaram que o RCD reduz a expansão e a pressão de expansão do solo, porém, os valores não são suficientes para estabilizá-lo, não atendendo às especificações aplicadas na engenharia.
Com o incremento do percentual de RCD, as frações grossas, pedregulho e areia, quer eram irrisórias, cerca de 4% no solo puro, passaram a ser a maior fração na mistura, ficando na marca dos 54%, valor que contribuiu para reduzir a fração de argila e silte em 52%, diminuindo a plasticidade em aproximadamente 32%, a pressão de expansão em 80% e a expansão livre em 58%. Finalmente, cabe destacar que em relação à capacidade de suporte do solo (ISC), o aumento não foi significativo | |