Artigo
Disfunções cardiovasculares em traumatismo raquimedular
Cardiovascular dysfunction in spinal cord trauma
Registro en:
0103-5355
Autorização para publicação no Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe (RIUFS) concedida pelo editor
Autor
Santos, Liani Patrícia Andrade
Silva Junior, Eldon Bezerra da
Melo, Enaldo Vieira de
Pereira, Carlos Umberto
Institución
Resumen
Objetivo: Analisar frequência, tratamento e prognóstico das disfunções cardiovasculares em pacientes
vítimas de traumatismo raquimedular (TRM). Métodos: Estudo longitudinal observacional, analítico e
retrospectivo. Os dados foram coletados, retrospectivamente, de 49 pacientes da Unidade de Trauma,
Hospital de Urgência de Sergipe, no período entre janeiro e dezembro de 2010. Resultados: A média
de idade foi de 34,7 ± 17,2 anos, sendo 30 (61,2%) pacientes entre 20 e 60 anos. O gênero masculino
foi o mais acometido, sendo 44 (89,8%). O tempo médio de internação foi de 22,5 dias ± 21. As
principais causas de TRM foram: 18 quedas (37%), 15 ferimentos por arma de fogo (31%) e 12 acidentes
automobilísticos (24%). O TRM foi classificado em nível alto em 31 (63,3%) casos e nível baixo em 18
(36,7%). Durante a internação, cinco (10,2%) evoluíram com bradicardia e 13 (26,5%) apresentaram
hipotensão arterial. Todos os casos de bradicardia tiveram hipotensão arterial associada. A média das
PA sistólicas durante internação foi 109,1 ± 19,6 mmHg. A sobrevida global da amostra foi de 77,3%
± 7,5% em 20 dias. Os pacientes que apresentaram hipotensão arterial tiveram sobrevida menor em
relação aos que não apresentaram. Nos pacientes com TRM nível alto, a sobrevida em 20 dias foi de
69,6% ± 9,8% e nível baixo de 88,9% ± 10,5%. Conclusões: Bradicardia e hipotensão arterial são
as disfunções cardiovasculares mais frequentes e estão associadas ao TRM nível alto, tendo pior
prognóstico no tipo lesão completa._________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: Objective: Analyze frequency, treatment and prognosis of cardiovascular dysfunction in patients suffering
from spinal cord trauma (TRM). Methods: Longitudinal observational, analytical and retrospective. Data
were collected retrospectively from 49 patients of the Trauma Unit, Hospital Emergency Sergipe, in
the period between January and December 2010. Results: Mean age was 34.7 ± 17.2, and 30 (61.2%)
patients were between 20 and 60 years. The male was involved in 44 (89.8%). The mean hospital stay
was 22.5 days ± 21. The main causes of TRM were 18 falls (37%), gunshot wounds 15 (31%) and
motor vehicle accidents 12 (24%). The TRM was rated highest level in 31 (63.3%) cases and low 18
(36.7%). During hospitalization, five (10.2%) developed bradycardia and 13 (26.5%) had hypotension.
All cases had bradycardia associated with hypotension. The average systolic BP during hospitalization
was 109.1 ± 19.6 mmHg. The overall survival rate of the sample was 77.3% ± 7.5% in 20 days. Patients
who developed hypotension had lower survival than those who did not. In patients with high-level TRM
survival at 20 days was 69.6% ± 9.8% and low level of 88.9% ± 10.5%. Conclusions: Bradycardia and
hypotension are the most common cardiovascular disorders and are associated with high TRM level,
with poorer prognosis in complete lesion type.