Tese
Impacto dos problemas farmacoterapêuticos sobre o tempo de internação hospitalar de pacientes puérperas com pré-eclâmpsia
Impact of drug-related problems on length of hospital stay of puerperal women with pre-eclampsia
Registro en:
GOES, Aline Santana. Impacto dos problemas farmacoterapêuticos sobre o tempo de internação hospitalar de pacientes puérperas com pré-eclâmpsia. 2022. 133 f. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2022.
Autor
Goes, Aline Santana
Institución
Resumen
Introduction: few studies assess the nature and prevalence of drug-related
problems (DRPs) in hospitalized pregnant women, as well as studies on the impact
of DRPs on hospitalized puerperal women are scarce. Thus, studies in this
population may promote patient safety by avoiding undesirable outcomes. Aim of
the study: to investigate the impact of DRPs on the length of hospital stay of
postpartum women with pre-eclampsia. Methods: a prospective cohort study with
postpartum women diagnosed with preeclampsia was carried out to determine the
relationship between the manifestation of DRPs and length of hospital stay, followed
by a systematic review to determine risk factors for prolonged hospital stay in
postpartum women with preeclampsia. Finally, a research letter was developed to
discuss the active search for manifested DRPs and medication review in hospitalized
patients with preeclampsia. Results and Discussion: 600 women were included in
the present study, of these 354 (59%) were exposed to at least one DRP. The most
frequent DRPs were non-administration of a medication, non-prescription of a
medication. In patients exposed to DRPs, the mean hospital stay was 5.4 (SD 3.6)
days versus 4.4 (SD 3.3) days in patients not exposed to DRPs (p = 0.0001). In the
systematic review, 1,662 studies were identified in the databases, four of which were
included in the final sample. The main risk factors for the increase in length of
hospital stay were: presence of ascites (p<0.001), cesarean delivery (p<0.0001),
presence of manifested DRPs (p=0.0001), diastolic blood pressure above 10mmHg
(p=0.006) and treatment time with MgSO4 equal or greater than 12 hours (0.014). All
included studies presented a cohort design, with an overall methodological quality
classified as good. To have a significant impact on length of hospital stay, as well as
other hospital outcomes, medication review should focus on resolving manifested
DRPs. In postpartum women with preeclampsia, this intervention should preferably
take place in the first days after delivery. Conclusion: the manifestation of DRPs in
postpartum women with preeclampsia significantly increased the length of hospital
stay, being a main risk factor for alteration of this important hospital outcome.
Medication review is a clinical pharmaceutical service that identifies and resolves
these events, and has, therefore, the potential to decisively impact the clinical
outcomes related to hospitalized postpartum women with preeclampsia. Introdução: Poucos estudos avaliam a natureza e prevalência de problemas
farmacoterapêuticos (PFTs) em gestantes internadas, bem como estudos sobre o
impacto de PFTs sobre mulheres puérperas hospitalizadas não é observado,
estudos dessa natureza podem auxiliar a segurança dessas pacientes evitando
desfechos indesejáveis. Objetivo: Investigar o impacto dos problemas
farmacoterapêuticos sobre o tempo de internação hospitalar de pacientes puérperas
com pré-eclâmpsia. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte prospectivo
com mulheres pós-parto diagnosticadas com pré-eclâmpsia para determinar a
relação entre a manifestação de PFTs e o tempo de internação, seguido da
realização de uma revisão sistemática para determinar os fatores de risco para
prolongamento de internação pós-parto em puérperas com pré-eclâmpsia. Por fim,
foi desenvolvida uma research letter para discutir a busca ativa de PFTs
manifestados e a revisão da farmacoterapia em pacientes hospitalizadas com PréEclâmpsia. Resultados e Discussão: 600 mulheres foram incluídas, dessas 354
(59%) foram expostas a pelo menos um PFT. Os PFTs mais frequentes foram a não
administração de medicamento prescrito, a falta de prescrição de um medicamento,
em pacientes expostas a PFTs o tempo médio de internação pós – parto foi de 5,4
(D.P. 3,6) dias versus 4,4 (D.P. 3,3) dias em pacientes não expostas para PFT (p =
0,0001). Na revisão sistemática foram identificados 1662 estudos nas bases de
dados dos quais quatro foram incluídos na amostra final. Os principais fatores de
risco para o aumento do tempo de internação foram: presença de Ascite (p<0,001),
parto cesáreo (p<0,0001), presença de PFTs manifestado (p=0,0001), pressão
arterial diastólica acima de 10mmHg (p= 0,006) e duração de tratamento com
MgSO4 igual ou maior que 12horas (0,014). Todos os estudos incluídos
apresentaram delineamento de coorte, com qualidade metodológica geral
considerada boa. Para apresentar impacto significativo sobre o tempo de internação
hospitalar, bem como sobre outros desfechos hospitalares, a revisão da
farmacoterapia deve ser centrada na resolução de PFTs manifestados. Em
puérperas com pré-eclâmpsia, essa intervenção deve ocorrer preferencialmente nos
primeiros dias pós-parto. Conclusão: A manifestação de problemas
farmacoterapêuticos no período pós-parto de mulheres com pré-eclâmpsia aumenta
significativamente o tempo internação hospitalar, estando entre os principais fatores
de risco para alteração deste importante indicador. A revisão da farmacoterapia
serviço clínico farmacêutico que identifica e resolve estes eventos tem, portanto, o
potencial para impactar decisivamente nos desfechos clínicos relacionados a
puérperas hospitalizadas com pré-eclâmpsia. São Cristóvão