Este artigo originou-se de pesquisas realizadas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe-IFS sobre processos de gentrification na região da feira livre da cidade de Lagarto, localizada na Região Centro Sul do Estado de Sergipe. É pertinente indicar o marco temporal a partir de 2018 como forma de refletir se os processos de gentrification foram intensificados nos anos seguintes a abertura do Mercado José Corrêa Sobrinho (2017) e se as medidas sanitárias de prevenção à COVID 19 impactaram nestes processos. Para tanto foi realizada pesquisa exploratória documental e de campo. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados diários de observação e registro fotográfico, entrevistas a gestores públicos e feirantes consulta a documentos e material bibliográfico. Diante das pesquisas realizadas pode-se perceber a intensificação dos processos de gentrification motivadas por ações do poder público e privado (novos agentes econômicos) que provocaram a segmentação dos espaços de comercialização dos produtos, a “saída” de feirantes e o surgimento de novos agentes que passaram a negociar na região. Nota-se também a presença de um dos aspectos dos processos de gentrification onde agentes considerados “inoportunos” reassumem seus espaços nestes territórios. Desta forma pode-se afirmar que tais processos foram intensificados também devido à pandemia do COVID-19.São Cristóvão