Dissertação
Utilização de absorvedores de etileno e da refrigeração na pós-colheita de goiaba (Psidium guajava)
Use of ethylene absorbers and refrigeration in guava post-harvest (Psidium guajava)
Registro en:
MATOS, Patrícia Nogueira. Utilização de absorvedores de etileno e da refrigeração na pós-colheita de goiaba (Psidium guajava). 2019. 90 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2019.
Autor
Matos, Patrícia Nogueira
Institución
Resumen
Guava (Psidium guajava) is a climacteric fruit, which has a low shelf life due to its high
respiratory rates and ethylene synthesis. The control of guava maturation is essential to increase
its useful life. Thus, the objective of the present work was to evaluate the effect of active
packaging containing ethylene absorbers on the quality and post-harvest preservation of chilled
and uncooked guavas. The fruits went through stages of selection, cleaning, sanitization,
rinsing, drainage and wrapping. The guavas were packed in low density polyethylene bags
(LDPE) containing 300g of fruit per package. These were submitted to ten treatments,
containing combinations of five concentrations of potassium permanganate and two
temperatures, where: C0 (without sachet), C1 (2.5 g KMnO4. kg-1
), C2 (5 g KMnO4. kg-
) and
C3 (10 g KMnO4. kg-
), T10 (chilled 10 ± 2 ° C, 63% RH); T24 (environment 24 ± 2 ° C, 77%
RH), thus obtaining the following treatments C0 + T10; C1 + T10; C2 + T10; C3 + T10; C0 +
T24, C1 + T24; C2 + T24; and C3 + T24. The fruits were stored at their respective temperatures
for 20 days. Samples were collected for analysis of loss of mass, firmness, instrumental color,
pH, total acidity, soluble solids, ratio, vitamin C, total chlorophyll, lycopene and activity of the
enzyme PME. The experiment was carried out in a completely randomized experimental design
with a factorial scheme of two factors: concentration of potassium permanganate and storage
temperature (factor 1) and storage days (factor 2), using quadruplicates. Data were analyzed by
ANOVA and means were compared using the Scott-Knott test (p≤0.05). The weight loss of the
guavas was higher for the samples under ambient conditions, reaching a maximum of 2.07 ±
0.18% after 20 days. The parameter a * indicating the green color of the guavas presented
negative values during the refrigerated storage, indicating the maintenance of the green color
in the fruit peel. Guavas conditioned with the treatment C1 + T10 showed the highest
maintenance of the color of the rind (a *) and of the pulp (C *). During storage there was a
significant reduction (p <0.05) in the total chlorophyll content and increase in the lycopene
contents of the guavas, and it was important to note that only the guavas of the C1 + T10
treatment did not show an increase in the lycopene contents during the 20 days of storage. It
was verified that the treatments C0, C2 and C3, stored under refrigeration, showed no variation
in the TSS, ATT and pH during the whole storage, which indicates the control of the ripening
of these fruits. The guavas of the treatment C1 and C3 + T10, did not present significant
difference in the values of firmness, however, the other treatments presented increase of the
fruit softening. The activity of PME increased on the 5th day, probably this increase, is related
to higher fruit metabolism, due to respiratory activity. In this way, the use of refrigeration is
indispensable to maintain the quality of the 'Paluma' guava. The use of potassium permanganate
sachets containing 2.5 g KMnO4. kgassociated with the use of refrigeration delayed the
evolution of guava color and controlled the loss of firmness through the control of ethylene. A goiaba (Psidium guajava) é uma fruta climatérica, que apresenta baixa vida útil, devido suas
altas taxas respiratórias e síntese de etileno. O controle da maturação da goiaba é essencial para
aumentar sua vida útil. Deste modo, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da
embalagem ativa contendo absorvedores de etileno sobre a qualidade e conservação póscolheita de goiabas refrigeradas e não refrigeradas. Os frutos passaram por etapas de seleção,
limpeza, sanitização, enxágue, drenagem e acondicionamento. As goiabas foram
acondicionadas em sacos de polietileno de baixa densidade (PEBD) contendo 300g de fruta por
embalagem. Estas foram submetidas a dez tratamentos, contendo combinações de cinco
concentrações de permanganato de potássio e duas temperaturas, onde: C0 (sem sachê), C1 (2,5
g KMnO4.kg-1
), C2 (5 g KMnO4.kg-1
) e C3 (10 g KMnO4.kg-1
), T10 (refrigerada 10± 2°C;
63%UR); T24 (ambiente 24±2°C; 77%UR), obtendo-se assim os seguintes tratamentos
C0+T10; C1+T10; C2+T10; C3+T10; C0+T24 ;C1+T24; C2+T24; e C3+T24. Os frutos foram
armazenados nas respectivas temperaturas, durante 20 dias. A cada cinco dias (0, 5. 10, 15 e
20) foram retiradas amostras para as analises de perda de massa, firmeza, cor instrumental, pH,
acidez total, sólidos solúveis, ratio, vitamina C, clorofila total, licopeno e atividade da enzima
PME. O experimento foi realizado em delineamento experimental inteiramente casualizado,
com esquema fatorial de dois fatores: combinação concentração de permanganato de potássio
e temperatura de armazenamento (fator 1) e dias de armazenamento (fator 2), sendo utilizadas
quadruplicatas. Os dados foram analisados por ANOVA e as médias comparadas utilizando-se
o teste de Scott-Knott (p≤0,05). A perda de massa das goiabas foi maior para as amostras em
condições ambientes, atingindo no máximo 2,07 ± 0,18% após 20 dias. O parâmetro a* que
indica a cor verde das goiabas, apresentou valores negativos durante o armazenamento
refrigerado, indicando a manutenção da cor verde na casca das frutas. As goiabas
acondicionadas com o tratamento C1+T10 apresentaram a maior manutenção da cor da casca
(a*) e da polpa (C*). Durante o armazenamento houve redução significativa (p<0,05) nos teores
de clorofila total e aumento nos teores de licopeno das goiabas, sendo importante ressaltar que
somente as goiabas do tratamento C1+T10, não aparesentaram aumento nos teores de licopeno
durante os 20 dias de armazenamento. Avaliando-se os parâmetros físico-químicos verificouse que os tratamentos C0, C2 e C3, armazenados sob refrigeração, não apresentaram variação
nos SST, ATT e pH durante todo o armazenamento, o que indica o controle do amadurecimento
desses frutos. As goiabas do tratamento C1 e C3 +T10, não apresentaram diferença significativa
nos valores de firmeza, no entanto, os demais tratamentos apresentaram aumento do
amolecimento do fruto. A atividade da PME aumentou no 5º dia, provavelmente esse aumento,
está relacionado com maior metabolismo do fruto, devido a atividade respiratória. Deste modo,
o emprego da refrigeração é indispensável para manter a qualidade da goiaba ‘Paluma’. A
utilização de sachês de permanganato de potássio contendo 2,5g KMnO4.kg-1
associada ao uso
da refrigeração, retardou a evolução da cor das goiabas e controlou a perda da firmeza, por meio
do controle do etileno. São Cristóvão