Dissertação
Ó abre alas que eu quero passar: a mulher no cenário do choro em Sergipe
Registro en:
NOU, Alice Dantas Perrucho. Ó abre alas que eu quero passar: a mulher no cenário do choro em Sergipe. 2019. 105 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2019.
Autor
Nou, Alice Dantas Perrucho
Institución
Resumen
Woman and Chorinho. On the one hand, the challenges of being a woman in a society still
marked by the ideology of machismo. On the other, the hard, restricted musical scenery of a
demanding audience and complex rhythm, which requires a lot of dedication like Chorinho. This
work arose with the purpose of giving voice to the choronas as an opportunity to report the
participation of the woman in the chorinho. In the first phase of the research was carried out a
collection of information from great thinkers of classical sociology in their respective contexts,
showing how they have been and have been influence for the promotion of feminism, and the
main feminist theories and Identity. A brief analysis of Choro in Brazil, its origins and the history
of women's daily life was also made, and in the nineteenth and twentieth centuries, when
women's participation was timid in order to understand the reflexes in society today. In this
research we bring the trajectory of Chiquinha Gonzaga, considered the first woman to be
inserted in the cry and Ademilde Fonseca, known as "Queen of Choro", that very influenced the
woman to assume other roles beyond what the society attributed to the genre. Through the
Interview method, we approached the woman's participation in the chorinho in Sergipe. With
different ages and trajectories of schooling and social status, Maria Olívia (first female pianist
working in chorinho sergipano), Paula Al'Sant, the only trans chorista woman, Silvina do Choro
(musician and nutritionist) and Nancy Alves (mother, housewife and choreographer) to address
their challenges in the music scene. It was verified that, with the study of the trajectory of
Chiquinha Gonzaga, Ademilde Fonseca and the field work with the group of four agents
interviewed, the singularities of each trajectory, the different social origins and the different
amounts of capital, do not tend to represent great social distances. On the other hand, even
with a large number of regularities and despite the evolution of participation thanks to the
participation of great women in the past, the social trajectory is unique because the challenges
remain and the struggle, consequently. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Mulher e Chorinho. De um lado, os desafios de ser mulher numa sociedade ainda marcada
pela ideologia do machismo. Do outro, o cenário musical árduo, restrito, de um público exigente
e ritmo complexo, que exige muita dedicação como o Chorinho. Este trabalho surgiu com o
objetivo de dar voz às choronas como oportunidade de relatar a participação da mulher no
chorinho. Na primeira fase da pesquisa foi realizado um apanhado de informações de grandes
pensadores da Sociologia clássica em seus respectivos contextos, apresentando de que forma
eles foram e têm sido influência para o fomento do feminismo, e as principais teorias feministas
e Identidade. Também foi feita uma análise sucinta do Choro no Brasil, suas origens e a história
do cotidiano da mulher e no século XIX e XX, período em que a participação da mulher era
tímida com o objetivo de compreender os reflexos na sociedade hoje. Nessa pesquisa
trazemos a trajetória de Chiquinha Gonzaga, considerada a primeira mulher a ser inserida no
choro e Ademilde Fonseca, conhecida como “Rainha do Choro”, que muito influenciaram a
mulher a assumir outros papéis além do que a sociedade atribuía ao gênero. Por meio do
método Entrevista, abordamos a participação da mulher no chorinho em Sergipe. Com
diferentes idades e trajetórias de escolarização e status social, Maria Olívia (primeira mulher
pianista atuante no chorinho sergipano), Paula Al´Sant, única mulher TRANS chorista, Silvina
do Choro (musicista e nutricionista) e Nancy Alves (mãe, avó, artesã dona de casa e chorista),
para abordarem seus desafios no cenário musical. Verificou-se que, com o estudo da trajetória
de Chiquinha Gonzaga, Ademilde Fonseca e do trabalho de campo com o grupo das quatro
agentes entrevistadas, as singularidades de cada trajetória, as diferentes origens sociais e as
diferentes quantidades de capitais, não tendem a representar grandes distâncias sociais. Por
outro lado, mesmo com um grande número de regularidades e não obstante a evolução da
participação graças à atuação de grandes mulheres no passado, a trajetória social é única
porque os desafios permanecem e a luta, consequentemente. São Cristóvão