Dissertação
Um estudo sobre a história da histeria e das histéricas
Registro en:
PEREIRA, Erica do Nascimento Hora. Um estudo sobre a história da histeria e das histéricas. 2022. 79 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2022.
Autor
Pereira, Erica do Nascimento Hora
Institución
Resumen
The present research proposes to study the history of hysteria, of the doctors who treated
and studied it, and of some hysterical women. Thus, we take as a starting point the study
of Mesmer and his magnetic treatments in the 18th century, passing through the clash
between the schools of Salpêtrière and Nancy at the end of the 19th century, reaching the
conceptions of Freud's psychoanalysis in the 20th century, describing the entire treatment
of hypnosis in which the doctor exercised authority in relation to patients and later when
women put themselves as the conductor of their own stories. We are also interested in the
impact that hysteria has on culture, with its inscriptions in the field of politics, in which
hysterics are considered militants of anti-psychiatry, because they question the role of the
doctor in charge, until then, of attesting to the truth of the disease in the hospital space. .
It is a bibliographical research, of a historical nature, that wants to recognize the life and
voice of hysterical women, so often denied by their doctors. A presente pesquisa se propõe a estudar a história da histeria, dos médicos que a trataram
e estudaram, e de algumas mulheres histéricas. Assim, tomamos, como ponto de partida,
o estudo de Mesmer e seus tratamentos magnéticos no século XVIII, passando pelo
embate entre as escolas da Salpêtrière e de Nancy, no fim do século XIX, chegando até
as concepções da psicanálise de Freud, no século XX, descrevendo todo o tratamento da
hipnose em que o médico exercia autoridade em relação às pacientes e posteriormente
quando as mulheres se colocam como condutora das suas próprias histórias. Nos interessa
ainda o impacto que a histeria produz na cultura, com suas inscrições no campo da
política, em que as histéricas são consideradas militantes da antipsiquiatria, por
questionarem o papel do médico encarregado, até então, de atestar a verdade da doença
no espaço hospitalar. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de cunho histórico, que
deseja reconhecer a vida e a voz das mulheres histéricas, tantas vezes negadas por seus
médicos. São Cristóvão