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Revolução, contrarrevolução e homossexualidade em Cuba: alguns apontamentos
Registro en:
10.14393/cdhis.v31n1.2018.46424
Autor
Ribas, Jorge Luiz Teixeira
Institución
Resumen
Este artigo discute o conceito de "contrarrevolução" na historiografia daRevolução Cubana, inserindo nesse campo de discussão a eliminação dahomossexualidade como objetivo político dos revolucionários, sendo oshomossexuais considerados pelo regime como contrarrevolucionários porexcelência. A ideia de contrarrevolução é ainda muito restrita a oposiçõespolíticas contrárias à revolução (imperialismo, luta armada e organizaçõespolíticas) negligenciando indivíduos que, malgrado não atuaremdeliberadamente contra o regime, foram combatidos comocontrarrevolucionários com base em critérios morais e sexuais. Adesconsideração dos homossexuais como contrarrevolucionários nahistoriografia deve-se ao próprio silêncio existente na historiografia emrelação à perseguição homofóbica promovida pelo regime de Fidel Castro.Dessa forma, serão abordados os critérios e atividades que têm definido ocampo dos opositores ao regime revolucionário na historiografia,apontando para as limitações e possibilidades do termo, propondo oalargamento do debate e aprofundando a compreensão do fenômeno, combase no delineamento da homossexualidade como lócuscontrarrevolucionário por parte da ideologia revolucionária instaurada em1959 em Cuba.