Dissertação
A relação entre práticas de confissão e produção de subjetividade em Michel Foucault
Registro en:
Autor
Souza, Bianca Kelly de
Institución
Resumen
In Foucault\'s work The History of Sexuality I - The Will to Knowledge, he argues that the
western man has become a confessor animal. Such argument will be used as a motto to this
research, which aims to develop a discussion about the relation between confession practices
and subjectivity production. In order to understand how confession is linked not only to
knowledge but also to power strategies, promoting thus the formation of subjectivity.
Therefore we will consider the presence of a confession ideology in Foucault s work, what
will allow us to point the confession technology as a set of knowledge and practices related to
subjectivity, put in a reciprocal incitation relationship, where the verbalization act, the self
discourse use, create an understanding on the subject. It is a fundamental christianity moral
element, which has for long been amply spread among western society though, from Christian
confessionary to several contexts such as: in justice, in pedagogy, in family, in affective
relationships and in medical offices. It has become thus, one of the most highly valued
techniques of truth production on the subjects. Mestre em Filosofia Em seu livro História da Sexualidade I a vontade de saber, Foucault afirma que o homem
ocidental tornou-se um animal confidente. Tal afirmação servirá de mote para a presente
pesquisa, que tem a intenção de desenvolver uma discussão a respeito da relação entre
práticas de confissão e produção de subjetividade. No sentido de entendermos de que modo à
confissão estaria vinculada tanto à produção de saber quanto às estratégias de poder
promovendo assim, a formação de subjetividades. Para isso, levaremos em consideração a
presença de uma genealogia da confissão na obra foucaultiana. Que nos permitirá apontar que
a tecnologia da confissão é um conjunto de saberes e práticas relativas à subjetividade,
colocados em uma relação de incitação recíproca, onde o ato de verbalização, o exercício do
discurso em relação a si mesmo, produz um conhecimento acerca do sujeito. Trata-se de um
elemento fundamental da moral do cristianismo, mas que há muito tempo difundiu-se
amplamente na sociedade ocidental, do confessionário cristão para diversos contextos como:
na justiça, na pedagogia, na família, nas relações afetivas, nos consultórios. Tornado-se assim
uma das técnicas mais altamente valorizadas no Ocidente, de produção de verdade sobre os
sujeitos.