Dissertação
A união dos estudantes secundaristas de Patos de Minas (UEP/MG): militância e formação cidadã e político-partidária (1958 a 1971)
Registro en:
SILVA, Geenes Alves da. A união dos estudantes secundaristas de Patos de Minas (UEP/MG):
militância e formação cidadã e político-partidária (1958 a 1971). 2009. 144 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009.
Autor
Silva, Geenes Alves da
Institución
Resumen
This work focuses on the secondary student movement in Patos de Minas/MG, specifically on
the Patos de Minas Students Union (UEP), from 1958, year of its inauguration, until 1971,
when the institution went through an internal crisis. In the beginning of this research, we
realized that there were not available works focusing on student actions in the urban centers in
Brazil within that time. That was a rich period of the national history, in which contradictions
became visible in utopias and projects of an incongruent world. At the same time, the
developing movement of students lived along with the low indexes of school education. To
historically describe the student movement of Patos de Minas, we used primary sources, such
as: the Statute of the institution, its inauguration protocol, journals of school unions, the draft
texts of radio program, called A Hora do Estudante . We made interviews with the activists
of the time, picking out the ex-leaders and administrators of the institution. The political stand
of the UEP against communism and its actions in the military movement as well as the
Church participation empowered us to think that the student movement of Patos de Minas was
progressive-conservative. Contradictory, if we compare it with other great urban centers, but
coherent within the reality which allowed it to be, that is, with the private world of Minas
Gerais, which was Patos de Minas at that time. Mestre em Educação Este trabalho analisa o movimento estudantil secundarista em Patos de Minas, MG,
especificamente a União dos Estudantes Patenses (UEP), entre 1958, ano de fundação desta
entidade, e 1971, quando se evidencia uma possível crise no interior da mesma. Ao iniciar
nossa pesquisa, percebemos uma carência de trabalhos que tratam da ação dos estudantes em
cidades distantes dos grandes centros urbanos do Brasil nesse período. Um momento rico na
história nacional que agudizou contradições em termos de utopias e projetos de mundo
antagônicos. Ao mesmo tempo em que se convivia com os baixos índices de escolarização,
também se presenciava a força do movimento estudantil, projetando gradativamente os
estudantes como atores políticos no país. Para historiar o movimento estudantil patense,
utilizamos fontes primárias de investigação, tais como o Estatuto da entidade, a primeira e
parte da segunda Ata de Fundação da UEP, jornais do período, periódicos publicados por
grêmios escolares e textos (rascunhos) referentes a um programa de rádio denominado A Hora
do Estudante. Trabalhamos também com fontes orais. Entrevistamos os antigos militantes do
movimento estudantil secundarista patense, priorizando os ex-dirigentes e demais estudantes
que compuseram as diretorias da entidade. A postura da UEP frente ao Comunismo e sua
atuação no Regime Militar, bem como a participação da Igreja Católica em seus desígnios,
nos possibilita concluir que o movimento estudantil promovido por esta entidade foi um
movimento progressista-conservador. Contraditório, se o compararmos aos dos grandes
centros, mas coerente com a realidade que o criou, ou seja, com o mundo particular do
interior das gerais que era Patos de Minas naquele tempo.