Dissertação
Descartes e a primeira parte da Meditação Segunda: da natureza da mente humana ou de uma suposta equivocidade do cogito?
Registro en:
PINTO, Weiny César Freitas. Descartes e a primeira parte da Meditação Segunda: da natureza da mente humana ou de uma suposta equivocidade do cogito?. 2009. 161 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009.
Autor
Pinto, Weiny César Freitas
Institución
Resumen
Ce mémoire réfléchit une recherche sur le cogito cartésien. Sa présupposition
fondamentale se trouve dans la constatation que ce principe de Descartes, quoique
notablement connu par tout l univers philosophique, est souvent mal compris; surtout parce
qu il semble avoir une tendance très diffusée à le mettre à l écart de l exclusivité d une seule
et réductrice dimension définisseuse, c estàdire,
celle qui le conçoit exclusivement sous le
signe de la raison. En objection à cette tendance, on soutient ici l hypothèse d une supposée
équivocité de ce principe cartésien; en termes précis: le cogito est un donné, mais aussi un
fait; c est une certitude logique, mais aussi intuitive; c est métaphysique, mais aussi
psychologie, c est comprenance, mais aussi volonté; enfin, le cogito est indiscutablement
raison, mais, définitivement, il est aussi désir. Afin de soutenir cette position, l analyse de ce
travail se divise en deux parties fondamentales. Dans la première, on relève quelques aspects
selon lesquels le cogito se constitue dans la pensée de Descartes en général; et on discute le
statut luimême
de ce principe dans le Discours de la Méthode, oeuvre dans laquelle il a été
annoncé pour la première fois. Ensuite, dans la deuxième partie, on discourt, proprement, sur
la fondamentation précise de l hypothèse initiale de la recherche: on établit la caractérisation
équivoque de la certitude que le cogito représente une certitude de deux ordres:
métaphysique et psychologique et l interprétation que l on a faite des deux définitions de ce
principe que Descartes luimême
nous offre dans la première partie de sa Méditation Seconde:
De la nature de l esprit humain . De ce fait, en réfléchissant sur tout le contenu de la réflexion
proposée et en considérant, minimalement, la théorie cartésienne de la substance, on conclut
qu il est entièrement justifiable une équivocité supposée du cogito. Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais Mestre em Filosofia A presente Dissertação reflete uma pesquisa sobre o cogito cartesiano. Seu
pressuposto básico encontra-se
na constatação de que esse princípio de Descartes, embora
notavelmente conhecido por todo o universo filosófico, é, não poucas vezes, mal
compreendido; sobretudo, porque parece haver uma tendência muito difundida em relega-lo
à
exclusividade de uma única e redutora dimensão definitória, qual seja, aquela que o concebe
exclusivamente sob o signo da razão. Em objeção a essa tendência, defende-se,
aqui, a
hipótese de uma suposta equivocidade desse princípio cartesiano; em termos precisos: o
cogito é um dado, mas também é um fato; é uma certeza lógica, mas também intuitiva; é
metafísica, mas também é psicologia, é entendimento, mas é também vontade; em suma, o
cogito é indiscutivelmente razão, mas, definitivamente, também é desejo. Para sustentar essa
posição, a análise deste trabalho se divide em duas partes principais. Na primeira, destacam-se
alguns aspectos segundo os quais o cogito se constitui no pensamento de Descartes em geral e
discute-se
o estatuto mesmo desse princípio no Discurso do Método , obra na qual ele foi
anunciado pela primeira vez. Depois, na parte seguinte, trata-se,
propriamente, da
fundamentação precisa da hipótese inicial da pesquisa: estabelece-se
a caracterização
equívoca da certeza que o cogito representa uma certeza de duas ordens: metafísica e
psicológica ; e a interpretação que fizemos das duas definições desse princípio que o próprio
Descartes nos oferece na primeira parte de sua Meditação Segunda : Da natureza do espírito
humano . Daí, ao ponderar todo o conteúdo da reflexão proposta e considerar, minimamente, a
teoria cartesiana da substância, conclui-se
que é inteiramente justificável uma suposta
equivocidade do cogito.