Trabalho de Conclusão de Curso
"That's a nigger on a horse!": Django Livre (2012) entre representatividade, racismo e estereótipos no cinema hollywoodiano
"That's a 'nigger' on a horse!": Django Unchained (2012) across representativeness, racism and stereotypes in Hollywood cinema
Registro en:
SILVA, Eduardo Antonio da. "That's a 'nigger' on a horse!": Django Livre (2012) entre representatividade, racismo e estereótipos no cinema hollywoodiano. 2021. 91 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021.
Autor
Silva, Eduardo Antonio da
Institución
Resumen
“That’s a ***** on a horse!”. This is one of the first dialogue lines which a character from the
city emits when he sees Django. And because of the excessive use of the n-word (used 303
times throughout the film), Quentin Tarantino debuted in theaters in 2012, causing frenzy in his
second historical revenge film. This time Tennessee’s filmmaker decided to bring the “horrible
past of America” (in his own words) to the screens through the optics of the Italian genre of
bang-bang movies: the Italian-style western. Based on the bias which regards for a visual
culture, we examine imagery traces about black people in their clothing which date back to the
19th century in order to track back clues in the images of a historical past which does not pass
away. Therefore, we considered on how the black man was staged focusing on costumes starting
from the film and returning to the Minstrels at the moment in which there was an attempt to
insert him into society after such “horrible past” with the so-called Reconstruction era. Thus, it
was possible to understand a contemporary society which insists on updating signs of a slavery
past and perpetuating a structurally racist culture. Furthermore, it was sought to bring up critics
from black voices to investigate the film’s impact on debates about racial issues. Pesquisa sem auxílio de agências de fomento Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) “That’s a n***** on a horse!”. Essa é uma das primeiras linhas de diálogo que um personagem
da cidade emite ao ver Django. E pelo uso excessivo da n-word (utilizada 303 vezes no filme),
Quentin Tarantino estreou nos cinemas, em 2012, causando alvoroço em seu segundo filme de
vingança histórica. Dessa vez o cineasta de Tennessee decidiu trazer para as telas o “horrível
passado da América” (palavras do mesmo) pelo filtro do gênero italiano de bang-bang: o
western italiano. Partindo do viés que pensa uma cultura visual examinamos vestígios
imagéticos sobre o os negros em suas vestimentas, que remontam ao século XIX, a fim de
rastrear pistas nas imagens de um passado histórico que não passa. Para isso, refletimos sobre
como o homem negro foi encenado, com foco no figurino, partindo do filme e voltando aos
Menestréis, no momento em que houve a tentativa de inseri-lo na sociedade após o tal “horrível
passado” com a chamada Reconstrução Radical. A partir disso foi possível compreender uma
sociedade contemporânea a nós que insiste em atualizar signos de um passado escravista e
perpetuar uma cultura estruturalmente racista. Buscou-se, ainda, trazer críticas de vozes negras
para investigar o impacto do filme nos debates sobre as questões de raça.