Trabalho de Conclusão de Curso
Estudo da neutralização das atividades fosfolipase A2 e coagulante das peçonhas de Bothrops moojeni e Bothrops neuwiedi pauloensis utilizando o extrato vegetal aquoso de Casearia mariquitensis (Flacourtiaceae)
Registro en:
KASHIWABUCHI, Fabiana Kimi. Estudo da neutralização das atividades fosfolipase A2 e coagulante das peçonhas de Bothrops moojeni e Bothrops neuwiedi pauloensis utilizando o extrato vegetal aquoso de Casearia mariquitensis (Flacourtiaceae). 1999. 31 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1999.
Autor
Kashiwabuchi, Fabiana Kimie
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) As peçonhas de serpentes são principalmente de natureza proteica, com ou sem atividade enzimática e responsáveis pelos principais efeitos do envenenamento. Atualmente muitos pesquisadores estão utilizando extratos vegetais na busca e síntese de novas drogas com possibilidade de usos terapêuticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação do extrato vegetal aquoso de Casearia mariquitensis sobre as atividades PLA2 e coagulaste das peçonhas das serpentes Bothrops moojeni e B. neuwiedi pauloensis. A partir de folhas de C. mariquitensis coletadas na região de Uberlândia foi feito o extrato vegetal que após liofilização foi armazenado à temperatura de -20°C e dissolvido em água somente na hora do uso. A atividade PLA2, foi realizada pelo método potenciométrico, usando-se o extrato vegetal aquoso (EVA) incubado por 1h ou não com determinada peçonha (VB) na proporção de 1:5 (mim), VB e EVA, respectivamente. Observou-se uma inibição de cerca de 70% na atividade PLA2 de ambas as peçonhas estudadas quando incubadas por 1 hora com o EVA. A peçonha de B. moojeni quando não incubada com o EVA, mostrou uma inibição de aproximadamente 35%. Uma curva dose-resposta foi traçada para observar o grau de inibição variando-se a concentração de EVA, as proporções utilizadas foram: 1:2,5; 1:5 e 1:7,5 (mim) VB e EVA, respectivamente. Para o VB de B. moojeni tanto os ensaios incubados como os não incubados apresentaram a mesma reta, com os resultados quase proporcionais, elevando a inibição à medida que a quantidade de EVA era aumentada. Para o VB de B. neuwiedi os resultados mostraram maior eficiência para os ensaios incubados, causando 100% de inibição já na proporção de 1:2,5 (VB:EVA). Quanto à atividade coagulante sobre o plasma bovino, o EVA foi mais eficiente para inibir a peçonha de B. neuwiedi do que a de B. moojeni, porém considerado eficiente para ambas. Tais resultados sugerem que o EVA de C. mariquitensis apresenta princípio(s) ativo(s) capaz(es) de inibir a ação das enzimas PLA2 e coagulante de peçonhas botrópicas.