Trabalho de Conclusão de Curso
Epidemiologia e ecologia das hemitíases intestinais no distrito de Martinésia (Uberlândia, MG)
Registro en:
RIBEIRO, Maria Cecília Marques. Epidemiologia e ecologia das hemitíases intestinais no distrito de Martinésia (Uberlândia, MG). 44 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1999.
Autor
Ribeiro, Maria Cecília Marques
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) As doenças parasitárias são importantes não apenas pela mortalidade que
podem causar, mas também pela frequência com que debilitam a população. A
presente pesquisa foi desenvolvida no período de julho à outubro de 1998, com os
objetivos de verificar a prevalência, o tipo de distribuição espacial e os fatores de
risco, em nível domiciliar, das helmintíases intestinais na comunidade do distrito de
Martinésia (Uberlândia, MG). Foi examinada uma amostra fecal de 162 moradores
de 59 domicílios(68,61 % do total), segundo os métodos de Rugai e de Lutz ou HP.].
Para cada amostra foram preparadas seis lâminas, lidas por dois pesquisadores
(três leituras cada). O coeficiente geral de prevalência de helmintíases intestinais na
população pesquisada foi de 14,20%, sendo que o grupo etário de 25 a 29 anos
apresentou maior índice de infecção (29,41%). Os helmintos mais frequentemente
encontrados foram os ancilostomatídeos (5,56%), acometendo principalmente os
adultos. Outra helmintíase em destaque foi a enterobiose (4,94%); tendo sido
registrados também Strongyloides stercoralis (2,47%) e Hymenolepis nana (1,23%).
Um único caso de infecção por Taenia sp. e outro por H. diminuta foram
diagnosticados, o que representou um índice de 0,62%, ambos no sexo feminino.
Biparasitismo ocorreu em apenas dois casos (1,23%). Os casos de estrongiloidiase
foram detectados tanto pelo método Rugai como em ambos os métodos utilizados
(Rugai + Lutz). Observou—se um padrão agregado de distribuição espacial dos
domicílios nos quais foram identificados moradores infectados por helmintos
intestinais. O costume de andar descalço e de não lavar as mãos após ir ao banheiro representaram os principais fatores de risco para essas infecções (odds
ratios = 4,24 e 2,56, respectivamente). Notou-se uma baixa prevalência de
helmintíases intestinais na comunidade de Martinésia, o que é, provavelmente,
influência das boas condições _ de saneamento básico e sócio-culturais
apresentadas pela população local.