Trabalho de Conclusão de Curso
Identificação de motores moleculares em cérebro de abelhas Apis mellifera
Registro en:
MENDES, Camila Teixeira. Identificação de motores moleculares em cérebro de abelhas Apis mellifera. 49 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2000.
Autor
Mendes, Camila Teixeira
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Miosinas e dineínas são motores moleculares que usam a energia do ATP para gerar
força para O movimento ao longo de filamentos de actina ou polímeros de microtúbulos.
Dados de imunolocalização demonstraram a presença das proteínas motoras cinesina, dineína
e miosinas na superfície da membrana do Golgi ou de vesículas derivada do Golgi dos
fotorreceptores de Apis mellifera. Devido a este dado e à alta capacidade de aprendizado e
memória, as abelhas constituem um modelo interessante para investigação genética e
bioquímica de motores moleculares associados ao transporte intracelular polarizado de
organelas e vesículas em neurônios. O objetivo do trabalho foi a identificação de motores
moleculares em cérebro de operárias de Apis mellífem bem como o isolamento do gene de
DLC em biblioteca de c—DNA do cérebro destas abelhas. O cérebro de abelhas operárias foram
homogeneizados em tampão de extração de miosina-V. Os imunoblots foram revelados por
quimioluminescência e detectaram a presença de miosinas V e VI e cadeias leves e
intermediárias de dineínas. Os clones de cDNA codificando DLC foram isolados da biblioteca
de cérebro de A. mellifera utilizando anticorpo policlonal de coelho que previamente
detectaram esta proteína em extratos protéicos totais de cérebro da abelha. A biblioteca foi
construída no vetor de expressão lambda-ZAP, principiada com primers de oligo—dT. Para
inoculação das células hospedeiras (E. coli linhagem BB4), as mesmas foram incubadas com
a biblioteca titulada de modo a se formarem aproximadamente 5.000 placas de lise por placa
de petri“. Isolamos os clones e procedemos a retransfecção, até que as placas de petri
mostrassem exclusivamente clones codificando a proteina-alvo. Estes clones foram excisados
do fagomídeo e amplificados por PCR. Estes resultados sugerem que os domínios
reconhecidos tenham sido conservados durante a evolução, uma vez que os anticorpos foram
gerados contra proteínas de vertebrados. O isolamento de clones irnunoreativos mostra a expressão
na biblioteca utilizada da DLC. Desse modo abre—se perspectiva para o sequenciamento do gene da
cadeia leve de dineína em himenópteros. Em estudos futuros, a presença de proteinas motoras em
abelhas poderiam tentar explicar a complexidade do sistema neural deste inseto.