Dissertação
Proposta de recomendações para iniciar ou não cuidados intensivos em recém-nascidos pretermo no limite de viabilidade no Brasil
Suggestion of recommendations for initiation or not of intensive care in prematures born at the threshold of viability in Brazil
Registro en:
AMBRÓSIO, Cristiane Ribeiro. Suggestion of recommendations for initiation or not of
intensive care in prematures born at the threshold of viability in Brazil. 2010. 96 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2010.
Autor
Ambrósio, Cristiane Ribeiro
Institución
Resumen
Despite recent advances in neonatal intensive care, prematures born at less than 25
weeks gestation have high rates of morbidity and mortality. Parents and doctors face
difficult decisions concerning instituting and/or continuing resuscitation and intensive
care of these babies. This is, therefore, a complex ethical/moral problem with a
strong impact on the lives of the surviving prematures and their families, as well as
for the heath care system and society. There is increasing interest in regulating and
standardizing the care of very premature babies. However, there are significant
differences between the protocols used in different countries concerning the decision
to resuscitate premature babies that are at the threshold of viability. In Brazil, there
is no protocol on this matter. The purpose of this study is to describe the biological,
bioethical, economic and legal aspects present in the decisions of resuscitation or not
at the threshold of viability and to propose recommendations appropriate to Brazilian
conditions. The authors suggest that comfort care measures should be offered to
babies of less than 25 weeks and intensive care to those beyond this gestational
age. If parents, after detailed discussions and clear information about the medical
recommendation for comfort care measures to those between 23 and 25 weeks
decide in favor of intensive care measures, it should be provided and rediscussed
continually. Mestre em Ciências da Saúde Apesar dos grandes avanços ocorridos, nos últimos anos, no cuidado intensivo
neonatal, recém-nascidos pretermo com idade gestacional abaixo de 25 semanas
ainda apresentam altos índices de mortalidade e morbidade, de tal forma que
familiares e médicos enfrentam dificuldades para decidir a respeito da instituição
e/ou continuação da reanimação desses bebês. Trata-se, portanto, de um problema
ético/moral complexo com profundo impacto na vida dos recém-nascidos pretermo
sobreviventes e dos seus familiares, além das implicações para o sistema de saúde
e a sociedade. Há um crescente interesse na normatização e na padronização do
atendimento ao prematuro extremo. Verificam-se, no entanto, diferenças
significativas entre os protocolos publicados por sociedades científicas de vários
países acerca da decisão reanimar ou não recém-nascidos pretermo no limite de
viabilidade. O Brasil ainda não conta com um protocolo de conduta a respeito dessa
decisão. O presente estudo tem como objetivo não só descrever os aspectos
biológicos, bioéticos, econômicos e legais presentes na decisão de reanimar ou não
recém-nascidos pretermo no limite de viabilidade, como também propor uma
recomendação de conduta adequada à realidade brasileira. Os autores sugerem que
devem ser oferecidas medidas de conforto aos bebês menores de 25 semanas e
cuidados intensivos neonatais aos maiores dessa idade. Caso os pais, após o
diálogo exaustivo e informação esclarecida a respeito dos fundamentos da
recomendação médica de apenas oferecer medidas de conforto aos bebês entre 23
e 25 semanas, ainda assim optarem pelo tratamento intensivo, este deverá ser
fornecido e rediscutido continuamente.