Dissertação
Ritmo de queda dos carrapatos Amblyomma cajennense, Amblyomma parvum, e Rhipicephalus sanguineus de hospedeiros experimentais
Registro en:
SILVA, Tathiane de Lima. Ritmo de queda dos carrapatos Amblyomma cajennense, Amblyomma parvum, e Rhipicephalus sanguineus de hospedeiros experimentais. 2013. 39 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2013.
Autor
Silva, Tathiane de Lima
Institución
Resumen
Tick is the main vector of infectious diseases to animals and is an important vector to
humans as well. Tick drop-off rhythm from hosts defines host distribution in the
environment and thus is part of the epidemiology of tick-borne diseases. Drop-off rhythm of
neotropical ticks is overall unknown. We herein investigated the drop-off rhythm of a few
tick species found in Brazil and that are already (Amblyomma cajennense, Rhipicephalus
sanguineus) or potentially (Amblyomma parvum) important infectious agent vectors. Tick
drop-off rhythm was evaluated during infestation of hosts within feeding chambers. Search
behavior of Rhipicephalus sanguineus ticks for hosts was also evaluated. R. sanguineus
larvae and nymphs dropped off from rabbits overwhelmingly during photophase (86 and
70%, respectively). Adults from the same tick species dropped off similarly in photo (48%)
and scotophase (52%). Larvae and nymphs of A.parvum ticks dropped off in photophase
(62 and 66%, respectively). Argentinian and Brazilian populations of adult A.parvum ticks
detached from rabbits in scotophase (68 an 71%, respectively). A. cajennense nymphs
detached from rabbits in both photophase (43%) and scotophase (57%). On the other
hand, nymphs and adults from the same tick species detached from pigs in photophase
(76 and 78%, respectively). It was observed that adult R. sanguineus ticks searched for
rabbits as soon as the host was available irrespective if this occurred in the morning or
afternoon or continuously or discontinuous. Results showed that each tick species and
instar have preferential drop-off timing. Further investigation is needed to determine factors
that drive such drop-off rhythm of each tick species. Dissertação (Mestrado) O carrapato é o principal vetor de doenças infecciosas para animais, sendo vetor de
doenças transmitidas também aos seres humanos. O ritmo de queda de carrapatos do
hospedeiro define a distribuição dos carrapatos no ambiente e, portanto, integra a
epidemiologia das doenças transmitidas por estes artrópodes. O ritmo de queda de
carrapatos neotropicais, salvo algumas observações pontuais, é desconhecido. Neste
projeto se iniciou a pesquisa do ritmo de queda de algumas espécies de carrapatos
encontrados no Brasil e que são vetores de agentes infecciosos importantes (Amblyomma
cajennense, Rhipicephalus sanguineus) ou que tenham despertado interesse pelo
potencial para tal (Amblyomma parvum). O ritmo de queda de carrapatos foi avaliado
durante infestações experimentais dos hospedeiros com câmaras de alimentação. O
comportamento de busca de carrapatos Rhipicephalus sanguineus por hospedeiros foi
também avaliado. No caso do R. sanguineus, larvas e ninfas se desprenderam de coelhos
predominantemente em fotofase (86 e 70%, respectivamente). Por outro lado, o
desprendimento de adultos de R. sanguineus dos coelhos ocorreu de forma similar em
escotofase (52%) e fotofase (48%). Larvas e ninfas do carrapato A. parvum se
desprenderam dos coelhos majoritariamente em fotofase (62 e 66%, respectivamente).
Na avaliação do ritmo de queda de adultos de duas populações de A. parvum de coelhos
observou-se desprendimento em escotofase de 68% dos carrapatos de origem argentina
e 71% da população brasileira. No caso das infestações por A. cajennense observou-se
em coelhos o desprendimento de 57% das ninfas em escotofase e 43% em fotofase. Por
outra lado ninfas e adulto deste carrapato se desprenderam de suínos
predominantemente em fotofase (76 e 78%, respectivamente). No experimento de busca
por hospedeiro a maioria dos carrapatos chegou aos hospedeiros no período inicial de
disponibilização dos hospedeiros independentemente disso ter ocorrido de tarde
(avaliação 1) ou de manhã (avaliação 2) ou ter sido contínuo ou descontínuo. Os
resultados encontrados demonstram que cada espécie de carrapato e cada instar tem
horários de queda de preferência e que esses não ocorrem ao acaso. Outros
experimentos avaliando mais fatores que influenciam esse horário de queda devem ser
realizados.