Trabalho de Conclusão de Curso
Mortos sem Sepultura de Jean-Paul Sartre: representações de tortura e liberdade
Registro en:
CARDOSO, Maria Abadia. Mortos sem Sepultura de Jean-Paul Sartre: representações de tortura e liberdade. 2003. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2003.
Autor
Cardoso, Maria Abadia
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Objetivou-se com a análise de Mortos sem Sepultura refletir sobre um momento específico da história de seu autor, priorizando, assim, a forma pela qual este nos auxilia a criar validades acerca do homem que passa pela experiência do século XX. Situando Sartre nos acontecimentos dos anos de 1940 procurou-se refletir sobre este texto dramático à luz de seu surgimento. Para tanto, o primeiro capítulo recuperou a trajetória de Sartre enquanto filósofo, dramaturgo e membro da resistência francesa, obviamente, todo este percurso não foi analisado de forma separada ou estanque, ao contrário, ele é contraditório e, portanto, é histórico. Verifica-se aqui, também, a possibilidade de refletir sobre as noções sobre a realidade humana deste autor, sendo esta a marca de inserção de um homem frente ao seu tempo. O segundo capítulo teve, como principal intuito, analisar através da peça, a forma pela qual Sartre busca inspiração em sua filosofia para criar suas personagens do gênero teatral, sendo este não um “mero” exemplo de sua obra filosófica. A necessidade de estabelecer uma noção de “continuidade” do pensamento deste intelectual foi priorizada no terceiro capítulo, o qual foi dedicado à analisar os aspectos filosóficos e/ou políticos de Mortos sem Sepultura. Enfim, perpassa pelos três capítulos uma questão comum, até que ponto Sartre poderia representar o homem que passa por todas as contradições do século XX? Ou ainda até que ponto a sua postura nos auxilia a refletir sobre este mesmo homem?