Introduction: The loss of muscle mass and physical function (strength and functional capacity), known as sarcopenia, is prevalent in adult and older adults kidney transplant patients. This clinical condition is associated with a worse prognosis and greater risk of morbidity and mortality, in addition to making it difficult to carry out activities of daily living. On the other hand, insufficient consumption of energy and nutrients can contribute to the development of sarcopenia. In this sense, it is essential to investigate which nutrients may be associated with protection for this clinical condition in this population. Aim: To evaluate the association between dietary intake and sarcopenia and its components in kidney transplant patients. Material and Methods: A crosssectional study was performed at a clinical hospital of the Federal University of Uberlandia, Minas Gerais, Brazil; evaluating kidney transplant patients (KTPs) at the kidney transplantation ambulatory clinic. Dietary assessment was performed using two 24-hour dietary recalls, using the five steps multiple-pass method. The assessment of body composition was performed using bioimpedance. Appendicular skeletal muscle mass was estimated using the equation by Sergi et al. (2015). The appendicular skeletal muscle mass index was calculated, which consists of the appendicular skeletal muscle mass (kg) divided by the height squared (m²). The handgrip strength test (HGS) and five times sit to stand test (5STS) were performed to assess muscle strength. Functional capacity was assessed using the short physical performance battery (SPPB) and the 4-m walking test. Sarcopenia was diagnosed using the criteria proposed by the Revised European Consensus on Sarcopenia. Several statistical models were performed to verify the association between dietary variables and prevalence of sarcopenia, muscle mass, muscle strength and functional capacity of the participants. Results: In the first article, it was shown that omega-3 fatty acid intake was positively associated with appendicular skeletal muscle mass index and higher intake of polyunsaturated and omega-3 fatty acids was associated with a lower chance of having low muscle mass index skeletal and sarcopenia in total sample. In the second article, it was observed that the number of meals containing at least 30 grams of protein was negatively associated with the time to perform 5STS and positively associated with the SPPB score among KTPs aged 50 years or more, regardless of confounding factors. Conclusions: Intake of omega-3 fatty acids and polyunsaturated fatty acids are protective factors for sarcopenia and low muscle mass, but not for strength and functional capacity, in KTPS. Additionally, the number of meals containing at least 30 grams of protein is associated with better performance on 5STS and SPPB in KTPs aged 50 years and over. Future randomized controlled trials should be performed to assess the effect of these nutrients on sarcopenia and its components in KTPs.FAPEMIG - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas GeraisTese (Doutorado)Introdução: A perda de massa muscular e de função física (força e capacidade funcional), conhecida como sarcopenia, é prevalente em indivíduos que realizaram transplante renal adultos e idosos. Esta condição clínica está associada ao pior prognóstico e maior risco de morbimortalidade, além de dificultar a execução das atividades de vida diária. Por outro lado, o consumo insuficiente de energia e nutrientes pode contribuir para o desenvolvimento da sarcopenia. Neste sentido, torna-se essencial investigar quais nutrientes podem estar associados à proteção para esta condição clínica nesta população. Objetivo: Avaliar a associação entre o consumo dietético e a sarcopenia e seus componentes em indivíduos que realizaram transplante renal. Material e Métodos: Foi realizado estudo transversal com indivíduos que realizaram transplante renal acompanhados no ambulatório de transplante renal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HCUFU). A avaliação dietética foi realizada por meio de dois recordatórios alimentares de 24 horas, utilizando o método five steps multiple-pass. A avaliação da composição corporal foi realizada por meio da bioimpedância elétrica. A massa muscular esquelética apendicular foi estimada por meio da equação de Sergi et al. (2015). O índice de massa muscular esquelética apendicular foi calculado, o qual consiste na massa muscular esquelética apendicular (kg) dividida pela altura ao quadrado (m²). O teste de força de preensão manual (FPM) e o teste de sentar e levantar da cadeira foram realizados para avaliar a força muscular. A capacidade funcional foi avaliada por meio da bateria curta de desempenho físico (SPPB) e do teste de caminhada de 4 m. A sarcopenia foi diagnosticada por meio do critério proposto pelo Consenso Europeu de Sarcopenia Revisado. Foram realizados diversos modelos estatísticos para verificar a associação entre variáveis dietéticas e a prevalência de sarcopenia, massa muscular, força muscular e capacidade funcional dos participantes. Resultados: No primeiro artigo foi demonstrado que a ingestão de ácido graxo ômega-3 foi positivamente associada ao índice de massa muscular esquelética apendicular e a maior ingestão de ácidos graxos poliinsaturados e ômega-3 foi associada a menor chance de apresentar baixo índice de massa muscular esquelética e sarcopenia em toda a amostra. Já no segundo artigo, foi observado que o número de refeições contendo pelo menos 30 gramas de proteína foi negativamente associado ao tempo gasto para realizar o teste de sentar e levantar da cadeira e positivamente associado ao escore do SPPB entre os indivíduos que realizaram transplante renal com 50 anos ou mais, independentemente de fatores de confusão. Conclusões: A ingestão de ácido graxo ômega-3 e de ácidos graxos poliinsaturados são fatores de proteção para sarcopenia e baixa massa muscular, mas não para força e capacidade funcional, em indivíduos que realizaram transplante renal. Adicionalmente, o número de refeições contendo pelo menos 30 gramas de proteína está associado a um melhor desempenho no teste de sentar e levantar da cadeira e no SPPB em pacientes indivíduos que realizaram transplante renal com 50 anos ou mais. Ensaios clínicos randomizados futuros devem ser realizados para avaliar o efeito destes nutrientes sobre a sarcopenia e seus componentes em indivíduos que realizaram transplante renal.2024-01-31